Quando um consumidor solicita um financiamento, qualquer instituição financeira faz uma análise de crédito ao perfil desse indivíduo. Esta avaliação irá determinar se o banco concederá, ou não, o empréstimo solicitado consoante o risco que o cliente representa.
O risco de crédito consiste no risco associado à possibilidade de o banco ter perdas financeiras devido ao incumprimento do pagamento do empréstimo por parte do cliente. É por este motivo que é tão importante para as entidades bancárias realizarem uma análise de solvabilidade: para perceberem se é viável concedê-lo ou não.
Antes de fazer um pedido de financiamento, deverá realizar uma introspeção. Analise as suas finanças e avalie se tem capacidade para reembolsar um crédito.
Se tem alguns empréstimos contraídos, já pensou em juntar todos num só? Para além de aumentar o prazo de pagamento, fica com apenas uma prestação mensal e esta terá um valor muito mais reduzido, permitindo-lhe uma maior folga orçamental.
Existem, então, seis fatores que os bancos têm em consideração para realizar a análise de crédito. Fique a conhecê-los, neste artigo do ComparaJá, para perceber se tem maior ou menor probabilidade de ver o seu pedido aprovado.
O comportamento do cliente no pagamento das suas responsabilidades financeiras, tais como anteriores empréstimos, é o primeiro fator a ter em consideração para a análise de crédito por parte das instituições financeiras.
Para avaliarem a solvabilidade, os bancos recorrem fundamentalmente ao Mapa de Responsabilidades de Crédito. Neste documento, que está disponível na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) do Banco de Portugal, constam todas as informações sobre os empréstimos contraídos, inclusive eventuais incumprimentos por parte do cliente e valores em dívida, caso existam.
No caso de o cliente estar em incumprimento, pode mesmo constar da Lista Negra do Banco de Portugal. Antes de pedir um empréstimo, avalie como está a sua situação financeira e como é o seu comportamento no mercado de crédito.
Outro fator que os bancos consideram na sua análise de crédito é a capacidade de pagamento do cliente, ou seja, aquilo a que se chama a sua “taxa de esforço”.
A taxa de esforço é a percentagem do rendimento do agregado familiar que é direcionado exclusivamente para o pagamento de prestações de crédito.
Deste modo, quantos mais empréstimos tiver e maior for o montante em dívida, mais elevada será a sua taxa de esforço e, consequentemente, mais difícil será para si contrair um novo empréstimo e cumprir com o seu pagamento.
O terceiro fator considerado na análise de crédito reside no património do consumidor. Em suma, a instituição financeira procura analisar todas as fontes de rendimento do agregado familiar do cliente, avaliando ainda os bens do mesmo.
Deste modo, o banco consegue perceber se o consumidor tem algo que possa ser utilizado como eventual garantia hipotecária (sendo esta última o fator seguinte).
No seguimento do fator anterior, as entidades financeiras também procuram eventuais garantias bancárias para a sua análise de crédito.
A avaliação deste elemento é mais comum aquando de um pedido de crédito à habitação, uma vez que este tipo de financiamento implica um montante mais elevado do que outro tipo de empréstimo.
As garantias que o cliente poderá disponibilizar podem ser o imóvel que deseja comprar, o seu veículo ou até um fiador para o empréstimo. Estas garantias conferem uma credibilidade acrescida ao cliente, pois o banco poderá reaver o montante financiado caso o consumidor entre em incumprimento.
Para a análise de crédito é ainda considerada a capacidade de adaptação do consumidor de um ponto de vista financeiro. Ou seja, será este capaz de se adaptar facilmente a alterações económicas, tais como a subida das taxas de juro, uma redução salarial ou até uma eventual situação de desemprego involuntário?
Esta capacidade de gestão do seu dinheiro é avaliada não só através dos fatores anteriormente mencionados na análise de solvabilidade, como também através de outros, tais como o cargo que ocupa na empresa onde trabalha, a estabilidade nessa mesma empresa ou o nível de escolaridade que detém.
Deste modo, é importante que o cliente possua a flexibilidade e a agilidade financeira necessárias para ajustar os seus rendimentos a estas alterações não programadas e demonstrar que detém mecanismos de defesa contra as mesmas (tais como um fundo de emergência).
Por fim, os bancos também têm em consideração a relação que possuem com os clientes. Se o cliente tiver outro empréstimo nessa mesma entidade de crédito ou outros produtos e serviços financeiros, isso poderá ser uma mais-valia para si.
Todavia, caso o cliente não tenha um bom histórico de crédito, este não será um ponto a seu favor.
No entanto, importa saber que, embora os bancos tenham os seus modelos e procedimentos específicos para a análise de crédito, a verdade é que a concessão de financiamento é casuística. Isto significa que é vista caso a caso, consoante o cliente em questão, e que os critérios de aprovação podem variar de instituição para instituição.
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