No seguimento da proposta apresentada pela ANA – Aeroportos, a ANAV – Associação Nacional de Agências de Viagens considera “inaceitável” e “mostra-se bastante preocupada” com a introdução de um aumento anual progressivo das taxas aeroportuárias do aeroporto de Lisboa, entre 2026 e 2030, com o objetivo de “atingir uma receita regulada por passageiro terminal (RRMM) de 23,37 euros em termos reais”.
A posição da ANAV é fundamentada em três pontos fundamentais: regras de investimento provado, competitividade internacional e abertura a outras soluções. “O financiamento de um novo aeroporto não deverá ser realizado com o prejuízo das gerações presentes, com o sacrifício de um ecossistema que pode não ser beneficiado com a construção dessa mesma infraestrutura”, afirma a ANAV em comunicado.
No capítulo da competitividade, acrescenta, “esta proposta significaria perda de parte competitividade de Portugal como destino turístico e isso é totalmente contra os interesses do setor do turismo”. Nesse sentido, recomendam fortemente a avaliação de outras possíveis soluções para o investimento em causa e que já se praticam noutros países e cidades do mundo.
Para Miguel Quintas, presidente da ANAV, esta proposta da ANA “é inaceitável”. “O Turismo em Portugal merece ter um novo aeroporto há demasiado tempo, mas soluções que, por vezes, procuram atalhos, podem levar a injustiças num setor que já tem sido suficientemente castigado com este atraso na construção do novo aeroporto”, afirmou.
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