[weglot_switcher]

Andaluzia também quer independência. E anexar Alentejo e Algarve

A ANA – Asamblea Nacional Andaluza também acalenta um sonho independentista. E expansionista, uma vez que a sua proposta inclui o Alentejo, o Algarve e o Rife marroquino. Mas é tudo no plano teórico, pelo menos para já.
9 Outubro 2017, 12h38

Chamar-se-á República de Países Andaluzes e terá a forma de república federal. Este é o sonho independentista da ANA, a Asamblea Nacional Andaluza, que no próximo dia 4 de dezembro apresentará uma proposta para declarar “teoricamente”, a independência da Andaluzia, conforme adianta a TSF, citando uma entrevista levada a cabo com Pedro Inácio Altamirano, presidente desta assembleia.

Aos microfones da rádio, Altamirano afirma que tudo se passa no reino das ideias e que esta será uma “uma experiência”, que pretende perceber como funcionaria uma república no Sul da península, a partir de um conceito que afirma ser “filosófico”, mas com um objetivo claro. “O que queremos, os andaluzes, é proclamar a nossa independência, para a partir daí fortalecer e conseguir uma República co-federal de povos ibéricos”, disse à rádio.

O escritor, pintor e dramaturgo espanhol afirmou ainda que “dia 4 [de dezembro] vamos criar uma espécie de governo da República – virtual – para que os andaluzes possam observar como se governa a Andaluzia a partir da Junta de Andaluzia e de Madrid e como se poderia governar a Andaluzia a partir de um governo de uma República”.

Alentejo e Algarve
Apesar de teórica e experimental, o mapa do novo país contempla o Algarve e o Alentejo, bem como o Rife marroquino, algo que Altamirano afirma dever-se à grande união com estes dois territórios, garantindo que, para já, a anexação de território português não passa de um “conceito filosófico de cultura e de uma relação de irmandade”, ressalvando que “o ideal seria que num futuro, numa Europa dos povos, esta identidade que nos une seja reconhecida”.

“Quem sabe se o que se passa na Catalunha não acelera a reforma constitucional e essa reforma política, necessária com urgência no Estado espanhol e possamos caminhar até essa outra unidade da Península Ibérica que é a república co-federal de povos ibéricos que é o que queremos todos os povos democratas ibéricos”, concluiu.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.