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André Ventura diz que Chega governará Portugal sem o PSD dentro de duas legislaturas

Presidente do partido juntou críticas ao PS e ao PSD numa intervenção em que disse esperar que o reforço da votação nas próximas legislativas permita intensificar o combate ao socialismo.
André Ventura
27 Novembro 2021, 19h28

O presidente do Chega, André Ventura, reafirmou numa intervenção durante o congresso do partido, que decorre em Viseu, que mantém o objetivo assumido em 2019 de chegar a primeira força política nacional. “Em duas legislaturas alcançaremos o governo de Portugal e não precisaremos do PS ou do PSD para lá chegar”, disse o atual deputado único do partido, apontando como objetivo sair das legislativas de 30 de janeiro de 2022 com uma força que permita que “não vá haver socialistas a rirem-se na Assembleia da República”.

“Este é o único partido que faz oposição ao socialismo em Portugal”, disse Ventura, muito aplaudido pelos congressistas ao referir que na próxima legislatura “não haverá Ferro Rodrigues para nos tirar tempo”. E prometeu que os deputados que o Chega conta eleger nas próximas eleições, com as sondagens a indicarem a possibilidade de uma multiplicação de mandatos que poderá ser exponencial, “vão andar atrás” de António Costa.

Além das críticas ao PS, o presidente do Chega também apontou a mira aos candidatos à presidência do PSD. “Talvez tenhamos falados demasiado de Rui Rio e de Paulo Rangel. Perdemos tempo com quem não interessa”, disse, no seguimento de outras declarações contra os dirigentes sociais-democratas que têm excluído a hipótese de entendimentos pós-eleitorais com o seu partido.

Recordando casos de “partidos que cresceram muito e depois desapareceram”, Ventura voltou a proclamar que o Chega já é a terceira força política e a dizer que “seria impensável mudar de rumo” depois do resultado que obteve nas presidenciais, de conseguir eleitos nas autárquicas e de nas regionais dos Açores ter contribuído para “mandarmos para casa 25 anos de governação socialista”. Na altura o partido elegeu dois deputados e fez um acordo de incidência parlamentar com o executivo do social-democrata José Manuel Bolieiro, mas desde então viu um dos eleitos passar a não inscrito e teve momentos de tensão no processo de aprovação do Orçamento Regional.

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