O atual presidente da Polónia, Andrzej Duda, renovou o mandato enquanto presidente e venceu por pouco o rival Rafal Trzaskowski na votação presidencial que decorreu no domingo, dia 12 de julho.
A Comissão Nacional Eleitoral revelou, a 13 de julho, que Andrzej Duda foi eleito novamente presidente com 51,2% dos votos, a vitória menos expressiva na Polónia desde 1989. A votação contou com a presença de 68,2% da população.
Durante o período de campanha eleitoral, Trzaskowski surgiu como o rosto da mudança no país e Duda comprometeu-se a apoiar a agenda legislativa do partido Lei e Justiça (PiS). Em meados de junho, Andrzej Duda apontou que a “ideologia LGBT” era mais destrutiva que a “doutrinação comunista”, assumiu-se contra o aborto e garantiu que iria apoiar os valores da família “tradicional”.
Além das críticas à comunidade LGBT, Duda, presidente da Polónia desde 2015, também foi acusado de colocar a política à frente da saúde pública quando tentou que as eleições decorressem em maio, no auge da pandemia de Covid-19, quando as sondagens apontavam para estivesse à frente.
Apesar da vitória de Andrzej Duda é possível que existam disputas judiciais pelo resultado aproximado e pela especulação de que existiram algumas irregularidades durante a votação.
A Plataforma Cívica, oposição de centro-direita que apoiou Trzaskowski, referiu à Reuters que estava a recolher informações sobre as “irregularidades” na votação, que inclui relatos de polacos a quem não foi dada a oportunidade de votar porque não receberem os itens necessários.
Já uma analista consultada pela agência noticiosa AFP garante que a luta política não ficou por aqui. “Acho que certamente haverá protestos eleitorais e que toda a questão terminará no tribunal”, assegurou a cientista política da Universidade de Varsóvia Anna Materska-Sosnowska.
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