A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola instaurou um processo criminal contra a empresária Isabel dos Santos, avançou o Novo Jornal no sábado, 18 de outubro.
Segundo o jornal angolano, o procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, emitiu um despacho que dita um processo-crime contra a gestão de Isabel dos Santos na Sonangol.
Em causa está a transferência de 38 milhões de dólares (34 milhões de euros), um dia após a empresária ser exonerada da presidência da petrolífera estatal angolana, em novembro de 2017.
Em março de 2018, a agência Lusa avançou que a Procuradoria-Geral da República de Angola tinha instaurado um inquérito para investigar a denúncia da administração da Sonangol sobre transferências monetárias alegadamente irregulares quando Isabel dos Santos estava na gestão da petrolífera estatal angolana.
“As conclusões do inquérito serão oportunamente levadas a conhecimento público, sem prejuízo do segredo de Justiça”, disse a PGR angolana à Lusa em março de 2018.
Antes, em fevereiro de 2018, o então presidente da Sonangol criticou duramente a empresária, acusando-a de atrasos no pagamento de salários de trabalhadores, e de um “número elevado de conflitos judiciais e arbitrais”.
Carlos Saturnino também acusou a sua antecessora de gastar 135 milhões de dólares em consultorias durante o seu mandato, entre novembro de 2016 e novembro de 2017.
Em resposta, Isabel dos Santos acusou Carlos Saturnino de mentir nas suas acusações e que os 38 milhões de dólares em causa dizem respeito a pagamento aos consultores, valor que já estava orçamentado.
“Este montante a que Carlos Saturnino se refere é um valor que está incluído no orçamento dos 90 milhões de dólares de pagamento a consultores em 2017. E são referentes ao pagamento de facturas de trabalhos executados e entregues”, disse a empresária ao Negócios.
“Faltaram à verdade de forma completa e total. Os factos são simples e facilmente verificáveis. Uma das afirmações era a de que poderiam existir instruções que teriam ocorrido após a minha cessão de funções como presidente da Sonangol. Isso é falso. Não houve da minha parte nem de qualquer outro membro do conselho de administração instrução alguma que tenha sido dada após a nossa cessão de funções e não houve qualquer pagamento vindo do nosso lado”, acusou, por seu turno, a empresária.
Mais tarde, a 30 de julho de 2018, a Lusa avançou, citando a imprensa angolana, que Isabel dos Santos foi notificada pela PGR de Angola para prestar declarações no âmbito deste processo.
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