O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quarta-feira, no debate quinzenal, que ainda não teve oportunidade de ler as propostas do Partido Social Democrata (PSD) mas acredita que vai aproveitar algumas ideias. O líder do Executivo socialista considera que todos os partidos devem contribuir para a recuperação económica e social do país e serem capazes de se “mobilizar coletivamente para enfrentar os tempos que aí vêm”.
“Ainda não tive a oportunidade de ler naturalmente o programa que o PSD hoje apresentou. Já o imprimi e levo aqui para trabalho de casa. Seguramente, no meio de tantas páginas, em algumas ideias havermos de ter de convergência. Há uma em que, com certeza, convergimos: queremos todos o bem de Portugal”, referiu o António Costa, em resposta ao vice-presidente da bancada parlamentar do PSD Adão Silva.
O líder do Governo socialista sublinhou que “o ciclo de recuperação da economia é muito para além desta legislatura” e por isso não diz respeito só ao atual Governo mas “a todas e todos os portugueses na pluralidade da sua representação, desde o Bloco de Esquerda ao Chega”. “Todos têm de dar o seu contributo para o esforço de recuperação económica e social do país”, sublinhou.
“Espero bem que a forma exemplar como todo o Parlamento e todo o sistema político soube reagir à fase crítica desta pandemia seja a mesma forma como é capaz de se mobilizar coletivamente para enfrentar os tempos que aí vêm de estabilizar estabilização da economia e sobretudo de recuperação da economia”, afirmou António Costa, em resposta ao vice-presidente da bancada parlamentar do PSD Adão Silva.
António Costa disse ainda que “o país tem de enfrentar a maior crise económica e social de que há memória” e isso significa que todos os partidos se devem “concentrar muito bem na definição dos alvos, dos instrumentos e da capacidade da ação”.
O plano de 47 páginas apresentado pelo PSD tem como “objetivo único recuperar a economia e tornar Portugal num país muito mais competitivo e no médio/longo prazo num dos países mais competitivos no quadro da zona euro”. Entre as medidas propostas está a criação de um programa de atração de grandes investimentos, a descida das rendas dos estabelecimentos comerciais e a redução do IRC para 17% entre 2020 e 2023.
O “programa paralelo” do PSD surge um dia antes do Governo apresentar o programa de estabilização económica e social, que será aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e terá influência no orçamento suplementar, que será apresentado na próxima semana na Assembleia da República.
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