O primeiro-ministro António Costa apontou o melhoramento do IRS Jovem, numa entrevista com Miguel Sousa Tavares, transmitida nesta segunda-feira pela TVI, como uma forma de garantir que jovens altamente qualificados possam ter mais rendimento disponível e “sentir confiança no futuro”.
Confrontado por Miguel Sousa Tavares com a elevada carga fiscal que vigora em Portugal, António Costa disse que o IRS Jovem passará de três para cinco anos, em que nos dois primeiros anos 30% do rendimento não é tributado, passando essa percentagem para 20% no terceiro e quarto ano, e para 10% no quinto ano.
Perante a revelação pelo entrevistador de que existem atualmente 24 mil vagas de trabalho por preencher nos centros de emprego, sobretudo na construção civil, restauração e hotelaria, o primeiro-ministro disse que se tratam de “sectores em que cronicamente existem dificuldades, pois a população está mais qualificada e tem legítimas aspirações de empregos com salários melhores”.
Apesar de afirmar que “o tecido empresarial não acompanhou ao mesmo ritmo a transformação da sociedade”, António Costa destacou os níveis de investimento das empresas e disse que Portugal apresentou o maior grau de crescimento no último trimestre em toda a União Europeia.
António Costa também realçou que a população ativa atingiu máximos históricos, aproximando-se dos cinco milhões, com uma taxa de desemprego inferior ao que estava no início da pandemia.
Desde o início da entrevista transmitido pela TVI e TVI24 que o primeiro-ministro e líder socialista disse que Portugal vive um “momento muito desafiante e empolgante”, defendendo que se está a poucas semanas de o processo de vacinação contra a Covid-19 permitir um “ponto de segurança” na pandemia.
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