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António Costa defende que decisores políticos devem “deixar de se fazerem de sonsos” quanto aos combustíveis

Primeiro-ministro defendeu taxa de carbono e garantiu que o próximo Orçamento do Estado irá trazer desagravamento fiscal à classe média e às novas gerações. Quanto ao PRR, Costa garante que “não é um livro de cheques”.
7 Outubro 2021, 15h35

O primeiro-ministro António Costa disse no debate parlamentar desta quinta-feira que “os decisores políticos devem de deixar de se fazerem de sonsos” quanto à taxa de carbono que incide sobre os combustíveis fósseis. “Não podem dizer que há emergência climática metade da semana e não fazerem nada para a enfrentar no resto”, disse, em resposta à deputada centrista Cecília Meireles, que se referiu ao adicional de seis cêntimos por litro no imposto sobre produtos petrolíferos.

António Costa dissera antes que “não houve qualquer alteração” por parte do seu Governo quanto à fiscalidade que incide sobre o preço dos combustíveis, depois de garantir que a proposta de Orçamento do Estado que o seu executivo irá apresentar na próxima segunda-feira irá trazer um “desagravamento de tributação” sobre a classe média e as novas gerações.

Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o primeiro-ministro sublinhou que este “não é uma ficção” e “não é um livro de cheques”, estando já contratualizado com a Comissão Europeia, no que é uma condição necessária para a chegada de novos fundos destinados ao relançamento da economia portuguesa.

Sobre as perspetivas para 2022, António Costa disse que tem motivos para acreditar num crescimento económico que terá o emprego como “grande motor de desenvolvimento” e acrescentou que “ninguém previa o aumento gigante da pandemia” aquando da aprovação do Orçamento do Estado para 2021, tendo a Covid-19 sido “fortemente penalizadora” da economia nacional no primeiro trimestre deste ano.

Numa nota mais irónica, António Costa começou por pedir a Cecília Meireles para transmitir os seus cumprimentos ao líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, por os centristas serem o único partido que não perdeu nenhuma câmara nas autárquicas e “ainda contribuiu muito generosamente para que o PSD vencesse mais 40”.

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