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António Costa: “É importante para a credibilidade internacional ter um Governo com o horizonte da legislatura”

Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se ao final desta tarde com o secretário-geral do PS para o indigitar primeiro-ministro de Portugal. “É uma honra e uma enorme responsabilidade”, afirmou o dirigente socialista no Palácio de Belém.
8 Outubro 2019, 21h47

O primeiro-ministro indigitado espera que haja disponibilidade para que, com diálogo partidário, a legislatura possa correr até ao seu termo normal. António Costa considera que essa vontade é importante quer para o crescimento económico de Portugal quer para a credibilidade internacional do país.

“Creio que a vontade de todos os portugueses é muito importante para o desenvolvimento do país, para confiança no investimento, gerador de riqueza e de emprego, que permita continuar a fazer o país crescer economicamente. É também importante para a credibilidade internacional de Portugal podermos ter um governo com o horizonte da legislatura”, disse António Costa, em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa.

O dirigente do Partido Socialista (PS) espera que estejam reunidas todas as condições, ouvidos os partidos ao longo do dia, para que o Governo se possa apresentar perante a Assembleia da República sem ver aprovada uma moção de rejeição do seu programa. “Já tivemos, no passado, legislaturas que duraram – minoritários – sem qualquer tipo de acordo e tivemos coligações que não chegaram ao fim da legislatura. Portanto, a menor ou menor instabilidade tem mais a ver com as políticas que se praticam e os resultados que se obtêm do que propriamente com a forma que se revestem as condições de formação do Governo”, lembrou, em conferência de imprensa.

O PS venceu as eleições legislativas de domingo com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, de acordo com os resultados finais provisórios (falta só apurar os círculos da emigração). Sem maioria absoluta, António Costa manifestou logo disponibilidade para negociar com os parceiros que apoiaram o anterior Governo, mas também deixou avisos aos dois partidos.

Esta noite não foi diferente. “Os portugueses ficaram satisfeitos com a solução política da legislatura anterior. Ouvindo os diferentes partidos, diria que o ponto de partida não nos permite antecipar que seja possível dar continuidade a essa solução. Há outras formas de assegurar a estabilidade”, afirmou, depois de o PCP ter negado um acordo escrito com o PS e de Catarina Martins ter mostrado disponibilidade de renovar a ‘geringonça’.

O Presidente da República ouviu hoje todos os partidos que terão assento parlamentar: o Livre, o Chega, a Iniciativa Liberal, o PAN, o CDS-PP, o Partido Comunista Português (PCP), o Bloco de Esquerda (BE), o Partido Social-Democrata (PSD) e agora o PS. Amanhã de manhã é a vez de António Costa começar a preparar  a ‘geringonça 2.0’, com uma ronda negocial que começa às 10h00 com o Livre, terminando só depois das 18h00 com o BE.

Após ter sido indigitado líder do Executivo nacional, António Costa frisou que “é uma honra que agradeço e uma enorme responsabilidade”.

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