“321 mil postos de trabalho”. Foi assim que o primeiro-ministro António Costa iniciou hoje o debate quinzenal no Parlamento, referindo-se ao número de postos de trabalho “criados desde o início da legislatura”. Trata-se de um “sucesso inquestionável” – enalteceu Costa – baseado em dois fatores: “confiança” e “novas condições para o investimento”.
No que respeita ao primeiro fator, Costa salientou que “a nova política de rendimentos pôs fim a um quotidiano de incerteza e a um clima de asfixia, o que foi fundamental para a recuperação da confiança”. Quanto ao segundo fator, enumerou uma série de medidas que terão contribuído para o aumento do investimento, nomeadamente “o acelerar da execução do sistema de incentivos às empresas”.
Apesar da “notável criação de emprego”, o primeiro-ministro reconheceu que “temos menos emprego do que tínhamos em 2008”, identificando um paradoxo: “Por um lado, já temos menos 60 mil desempregados do que os registados em 2008. Por outro lado, ainda temos menos 300 mil postos de trabalho”. Na perspetiva de Costa, esse paradoxo resulta da saída de 300 mil trabalhadores de Portugal entre 2011 e 2015, “agravando o já problemático défice demográfico”.
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