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António Costa insiste em manter escolas abertas: “Sabemos bem o custo social que representa fechar”

O primeiro-ministro garante que o Governo tem adotado as regras que “em cada momento se justificam” e que tem evitado fazer “mais do que aquilo que é absolutamente necessário”. Admite, no entanto, ponderar o encerramento das escolas, caso a situação epidemiológica se complique.
  • António Cotrim / Lusa
19 Janeiro 2021, 15h50

O primeiro-ministro, António Costa, insistiu esta terça-feira que é preciso manter as escolas abertas, devido “um custo social” que o encerramento representa para a educação das crianças e jovens. O líder do Executivo socialista garante que o Governo tem adotado as regras que “em cada momento se justificam” e que tem evitado fazer “mais do que aquilo que é absolutamente necessário”.

“Estamos a bater neste momento para manter as escolas abertas porque sabemos bem o custo social que representa fechar as escolas (…) Neste momento, é adequado proteger e garantir a educação desta geração”, explicou António Costa, no debate sobre política geral, na Assembleia da República.

O primeiro-ministro respondia assim ao líder parlamentar do PSD Adão Silva, que questionou o porquê de as escolas se manterem abertas em pleno confinamento geral e acusou o Governo de não ter apresentado “regras claras, rigorosas e bem explicadas” aos portugueses, e tem defendido, em conjunto com outros partidos (como o CDS-PP) o encerramento das escolas, pelo menos, para os alunos a partir dos 12 anos.

Para “reforçar a segurança nas escolas”, António Costa anunciou que, a partir desta quarta-feira, o Governo vai iniciar “uma campanha de testes rápidos em todas as escolas”. A campanha irá arrancar com as escolas públicas e privadas do ensino secundário, que estão localizadas em concelhos de risco extremamente elevado de contágio de Covid-19, segundo uma nota do Ministério da Saúde e o Ministério da Educação.

António Costa garantiu que o Governo tomou “sempre as regras que em cada momento se justificarem, com uma regra de bom senso e de equilíbrio que é fazer tudo o que é necessário, mas nada mais do que é necessário”.

Deixou, no entanto, um aviso: “se para a semana ou amanhã soubermos, por exemplo, que a estirpe inglesa se tornou dominante no nosso país, muito provavelmente vamos mesmo ter de fechar as escolas e, nesse caso, farei o que tenho de fazer, que é fechar as escolas”.

“Nessa altura, poderá dizer que recuei e eu, com muito orgulho, direi que recuei porque farei sempre o que, em minha consciência, for adequado em cada momento”, atirou a Adão Silva.

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