O Presidente da República sustenta que a nomeação de António Costa para a liderança do Conselho Europeu são boas notícias e “uma alegria”, mas optou por não tecer grandes comentários porque o nome só será votado na quinta-feira.
“Tanto quanto sei a equipa negociadora chegou a acordo e vai apresentar a proposta depois de amanhã”, atirou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas após se saber que o nome de Costa tinha luz verde para liderar o Conselho Europeu.
Ainda assim, o Chefe de Estado considerou que a nomeação do ex-primeiro-ministro são boas notícias. “É muito bom para a Europa e muito bom para Portugal, se se confirmar”, ressalvou. Mesmo sem estar garantida, a escolha é “uma alegria”.
O nome de António Costa foi anunciado esta terça-feira para o Conselho Europeu, como tendo o aval dos representantes dos partidos, ao lado de Ursula von der Leyen e Kaja Kallas. Ainda assim, estes nomes têm de ser aprovados pelos restantes líderes europeus, cuja reunião acontece esta quinta-feira em Bruxelas.
Depois de uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE a 17 de junho passado, estes negociadores (de centro-direita, socialistas e liberais) têm estado em conversações sobre os cargos de topo europeus no próximo ciclo institucional, discutindo-se o nome de António Costa para a liderança do Conselho Europeu, o de Ursula von der Leyen para segundo mandato na Comissão Europeia e o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para chefe da diplomacia comunitária.
Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do Partido Popular Europeu (PPE), de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo, que assumiram o apoio ao antigo governante português.
É também o Conselho Europeu que propõe o candidato a presidente da Comissão Europeia, instituição que tem vindo a ser liderada desde 2019 por Ursula von der Leyen, num aval final que cabe depois ao Parlamento Europeu, que vota por maioria absoluta (metade dos 720 eurodeputados mais um).
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