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António Costa quer manter Centeno nas Finanças se PS ganhar eleições

“Acho que nós temos que nos propor chegar ao final da próxima legislatura com uma dívida pública que esteja próxima dos 100%” do PIB”, afirmou o primeiro-ministro, em entrevista à “TSF” e ao “Dinheiro Vivo”.
30 Março 2019, 11h49

O primeiro-ministro definiu este sábado como prioridade, caso o PS ganhe eleições, os “serviços públicos, a dívida e investimento”, antes da baixa de impostos, e admitiu que Mário Centeno continue como ministro das Finanças.

“A minha prioridade é prosseguir a trajetória de repor a qualidade dos serviços públicos e em particular do Serviço Nacional de Saúde (SNS), continuar esta trajetória de redução sustentada do défice e da dívida, porque acho que nós temos que nos propor chegar ao final da próxima legislatura com uma dívida pública que esteja próxima dos 100%” do PIB, afirmou, em entrevista à “TSF” e ao “Dinheiro Vivo”, quando questionado sobre se é uma prioridade a baixa de impostos.

António Costa quer ter um “nível de maior segurança perante as incertezas que inevitavelmente, no médio longo prazo, o país enfrentará face à economia internacional”, como explicou à rádio e ao suplemento de economia do “Diário de Notícias” e do “Jornal de Notícias”.

Já sobre a continuação de Mário Centeno como ministro das Finanças, num futuro Governo, caso o PS ganhe as eleições legislativas de outubro, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro responde com um “sim” à pergunta de se está a contar com ele no executivo, juntando-lhe um argumento histórico.

“Acho que tem mesmo a oportunidade de poder, se os portugueses nos permitirem voltar a formar um novo Governo, de ser não só aquele [ministro das Finanças] que fez uma legislatura completa, mas também fazer uma segunda legislatura”, afirmou nesta entrevista conduzida por Anselmo Crespo e Rosália Amorim.

Como tem acontecido noutras entrevistas, António Costa não coloca a meta eleitoral na maioria absoluta, afirmando apenas que quer “o melhor resultado possível” para o PS em outubro. Nas europeias de 26 de maio, os socialistas têm como cabeça de lista o ex-ministro Pedro Marques e o chefe do Governo assumiu que daria “seguramente” um bom comissário europeu.

Ainda sobre a nova lei de bases da saúde, que o PS já disse que confirmaria no parlamento se o Presidente da República a vetasse, o primeiro-ministro afirmou que as conversações com os parceiros à esquerda estão a correr bem e pediu que não se dramatize uma eventual ausência do PSD deste entendimento. “Não vale a pena dramatizar muito a questão porque seria a primeira vez que haveria acordo”, afirmou, recordando como, ao longo da história recente, a esquerda e os dois partidos de direita, PSD e CDS, nunca se entenderam no SNS ou na lei de bases da saúde.

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