O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, respondeu às declarações de António Costa, na entrevista da TVI. “Foi repetido um chorrilho de mentiras sobre os professores e sobre como o Governo conduziu a farsa negocial que decorreu durante mais de um ano”, realçou Mário Nogueira esta terça-feira.
O sindicalista garantiu que o Governo “desde a primeira hora, manteve uma postura de total intransigência, chegando ao ponto de levar para a mesa de negociações a chantagem”. Mário Nogueira foi mais além e disse que as negociações apenas serviram para enganar os professores e os portugueses, garantindo que “não passaram de uma farsa e de um simulacro”.
Mantendo-se focado nas respostas do primeiro-ministro na TVI, o líder da Fenprof disse que existe uma “quebra de equidade” nas regiões autónomas, e sustentou que quer ver essa mesma quebra replicada no continente porque “Portugal não são três países”. Mário Nogueira disse ainda que “esta discriminação é claramente inconstitucional”.
“O Governo quer que os professores optem por um roubo de seis anos e meio, de uma maneira, ou um roubo de seis anos e meio feito de outra maneira. Mas é um roubo de seis anos e meio de qualquer das hipóteses”, disse o sindicalista da Federação Nacional dos Professores.
Mário Nogueira diz que a “solução” encontrada pelo Governo, em pagar o impacto de 20 milhões já existentes, ia virar os portugueses contra os professores, mas que esse é o objetivo do primeiro-ministro. “A acomodação era fácil no Orçamento de Estado para 2019, mas o PS e o Governo fizeram chantagem no processo de discussão da Assembleia da República”.
“Um Governo que vira os portugueses contra ao setor profissional é, na nossa opinião, um Governo que não tem condições de governar, porque os professores exigem ser respeitados”, garantiu o líder na conferência de imprensa.
O líder sindicalista atacou o primeiro-ministro ao referir o episódio que se vive no Governo, em relação aos casos familiares. “António Costa escusa de vir dizer que tem sensibilidade na questão dos professores porque tem professores na família. Se calhar, no Governo ainda tem mais família do que na família tem professores”.
No seu discurso assumiu ainda que durante a tarde desta terça-feira, vai dirigir uma carta aberta “a todos os partidos que apresentaram propostas para a alteração do decreto lei do tempo de serviço”. Mário Nogueira disse ainda que não quer ouvir dizer que não há dinheiro para o pagamento da reposição do tempo de serviço integral, porque “só não há dinheiro para quem trabalha”.
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