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António Guterres ”altamente chocado” com sofrimento dos migrantes na Líbia

As declarações de Guterres, que se encontra na Líbia, ocorrem após as forças leais a Khalifa Hifter tomarem a cidade de Gharyan, a cerca de 50 quilómetros a sul de Tripoli.
5 Abril 2019, 12h51

“Estou altamente chocado e movido pelo sofrimento e desespero que tenho visto nos centros de detenção de Tripoli, onde os migrantes e refugiados estão detidos por tempo indeterminado sem qualquer esperança de recuperarem as suas vidas”, escreveu António Guterres em reação ao sofrimento dos migrantes na Líbia, no norte de África.

O secretário-geral da ONU, viajou para o leste da Líbia, esta sexta-feira, para se encontrar com o comandante Khalifa Haftar, cujas forças estão a avançar na capital Tripoli, controlada por um governo internacionalmente reconhecido.

Após uma visita a um centro de detenção em Tripoli, o secretário-geral da ONU relembrou que toda a comunidade internacional é responsável pelos refugiados e migrantes.

 

De acordo com o dirigente português, esta situação “não é só responsabilidade da Líbia, mas também de toda a comunidade internacional”.

Tropas aliadas ao governo de Trípoli transferiram mais veículos da cidade de Misrata, no oeste do país, para Trípoli, para defender a capital contra as forças de Haftar, que são aliadas a uma administração paralela no leste, informaram os moradores.

Os avanços das forças orientais de Benghazi marcaram uma escalada dramática de uma luta pelo poder que tem perdurado no país desde a derrubada de Muammar Gaddafi em 2011.

Guterres defendeu ainda que o conflito armado na Líbia só pode ser resolvido através do diálogo entre as várias forças em confronto. Esta é a primeira visita de um secretário-geral das Nações Unidas ao país desde os protestos de 2011 que acabaram por derrubar Muammar al-Khadafi.

 

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