[weglot_switcher]

ANTRAM aconselha sócios a desviar cargas dos portos de Lisboa e Setúbal por causa da greve dos estivadores

A associação dos transportadores rodoviários de mercadorias assinala que, “mesmo operando 12 horas por dia, são frequentes e prolongadas as paralisações dos veículos pesados para entrega e receção de contentores nestes portos”, acrescentando que, “por isso mesmo, a laboração por um período de quatro horas diárias para um porto com a dimensão de Lisboa é manifestamente insuficiente”.
11 Fevereiro 2020, 16h42

A ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias está a aconselhar os seus associados e respetivos clientes que desviem as cargas inicialmente programadas para os portos de Lisboa e de Setúbal, devido à convocatória de greve dos estivadores anunciada pelo SEAL – Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística para o período entre 19 de fevereiro e 9 de março.

“O pré-aviso de greve apresentado pelo Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística para o porto de Lisboa – bem como a ameaça da sua extensão ao porto de Setúbal – irá permitir, apenas, uma janela horária para entrega e levantamento de contentores entre as 17h00 e as 20h00 e as 21h00 e as 24h00, o que, na prática e na melhor da hipóteses, como bem sabemos, se resumirão a quatro horas de trabalho efetivo”, alerta um comunicado da ANTRAM.

Esta nota assinala que, “mesmo operando 12 horas por dia, são frequentes e prolongadas as paralisações dos veículos pesados para entrega e receção de contentores nestes portos”, acrescentando que, “por isso mesmo, a laboração por um período de quatro horas diárias para um porto com a dimensão de Lisboa é manifestamente insuficiente”.

“Durante o período de greve anunciado, os transportadores terão como alternativas ao limite legal imposto aos horários dos motoristas ou o abandono dos veículos e mercadorias ou, então, obrigar os seus trabalhadores a pernoitar nos veículos entre as 24h00 e as 17h00 do dia seguinte (hora de reabertura dos terminais)”, denuncia a ANTRAM, defendendo que “será necessário, ainda, refletir sobre o sacrifício extra a que os motoristas vão estar sujeitos, bem como os custos e riscos para as mercadorias que tais soluções acarretam”.

Assim, face ao pré-aviso de greve emitido pelo SEAL a 4 de fevereiro passado, a ANTRAM recomenda aos seus associados e aos clientes destes, que, “desde já, e para as operações de transporte a realizar entre 19 de fevereiro e 9 de março de 2020, programem o desvio de embarque ou a receção de mercadorias por via marítima para portos que não estejam abrangidos pelo pré-aviso de greve, por forma a evitar prejuízos quer por atraso ou impossibilidade de embarque quer na libertação de mercadorias à importação”.

“As empresas de transporte rodoviário de mercadorias filiadas na ANTRAM estão disponíveis e interessadas em colocar à disposição dos seus clientes alternativas para as suas necessidades de transporte que minimizem os impactos causados por mais uma paralisação no porto de Lisboa”, adianta ainda o referido comunicado.

Face à greve dos estivadores e ao conselho de desvio de cargas dos portos de Lisboa e de Setúbal assumido pela ANTRAM, as alternativas mais viáveis, para mercadorias que tenham como destino Portugal serão os portos de Aveiro, Figueira da Foz, Sines ou Leixões.

A ANTRAM conclui o comunicado aconselhando “os clientes a consultar e programar com os respetivos transportadores rodoviários de mercadorias as suas exportações e importações, reduzindo, desta forma, custos desnecessários”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.