[weglot_switcher]

Apagão em Portugal reforça necessidade de fontes de energia sustentáveis

Este episódio evidenciou a vulnerabilidade da rede de distribuição elétrica em sua configuração atual, altamente dependente de fontes intermitentes, como a energia solar, sem que exista ainda capacidade de armazenamento, salienta a SINERGEO em comunicado.
Um passageiro apanha um autocarro no Campo Grande às escuras devido ao apagão que afeta Portugal de Norte a Sul e outros países europeus, em Lisboa, 28 de abril de 2025. O Governo criou um grupo de trabalho para acompanhar o apagão que afeta Portugal de Norte a Sul e outros países europeus e aponta que o problema “terá tido origem” fora de Portugal. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
19 Maio 2025, 17h32

No dia 28 de abril de 2025, um apagão generalizado afetou toda a Península Ibérica, resultando em várias horas sem eletricidade. As causas do incidente ainda estão a ser investigadas, mas sabe-se que uma perda súbita de cerca de 15 GW de geração elétrica – equivalente a 60% da produção espanhola naquele momento – desestabilizou a rede elétrica ibérica.

Este episódio evidenciou a vulnerabilidade da rede de distribuição elétrica em sua configuração atual, altamente dependente de fontes intermitentes, como a energia solar, sem que exista ainda capacidade de armazenamento, salienta a SINERGEO em comunicado.

A situação sublinha a importância de diversificar as fontes de energia e investir em soluções não intermitentes, como destaca a empresa que se dedica ao desenvolvimento de projectos nas áreas da geologia, hidrogeologia, geofísica e geotecnia.

“Investir em fontes de energia não intermitentes é essencial para garantir a segurança e a continuidade do fornecimento elétrico” A, sustenta a SINERGEO que garante estar a trabalhar ativamente na investigação de sistemas geológicos que possam contribuir para a estabilidade energética, explorando o potencial da energia geotérmica e do hidrogénio geológico como alternativas sustentáveis e contínuas.

A energia geotérmica pode constituir uma fonte constante de eletricidade, representando o “baseload” necessário para o sistema. A investigação do potencial em hidrogénio geológico também se apresenta como uma promissora linha de pesquisa. Ambas as soluções, segundo a SINERGEO, podem desempenhar um papel crucial na matriz energética nacional, garantindo “o abastecimento de equipamentos como hospitais e escolas e de zonas residenciais.”

A SINERGEO, fundada em 2006 por três profissionais licenciados em Geologia, é reconhecida pela sua “metodologia pioneira na prospeção geológica, capaz de identificar, remota e globalmente, alvos de interesse mineiro”, destaca o comunicado.

Para além disso, tem vindo a promover projetos de inovação desde a sua criação, destacando-se iniciativas como o Agrocontrol, iniciado em 2009, e o Prospeg, que resultou na obra “Prospeg – Projeto de Prospeção, Análise Distanciada e Deteção Remota de Pegmatitos”, amplamente elogiada na área.

Com um forte compromisso com a investigação e desenvolvimento, a SINERGEO diz estar determinada a contribuir para um futuro energético mais estável e sustentável, reforçando a necessidade de “criar valor, em concreto, na interface entre recursos minerais e energias renováveis.”

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.