A Fitch está ligeiramente mais otimista sobre o crescimento da economia portuguesa este ano. A agência de notação financeira norte-americana prevê agora uma expansão de 1,6% para 2019, face aos 1,5% estimados em novembro, mas ainda assim abaixo da meta do Governo.
As estimativas da agência de notação financeira continuam das mais pessimistas entre as organizações internacionais e nacionais, segundo uma nota de research. Entre as agências de notação financeira a Moody’s antecipa uma crescimento de 1,7%, face aos 1,9% estimados pela S&P e aos 2,3& da DBRS.
Entre as instituições internacionais, a OCDE tem a estimativa mais otimista, projetando um crescimento de 2,1%, enquanto o Conselho de Finanças Públicas antecipa uma expansão de 1,9%. Já o FMI e o Banco de Portugal prevêem um crescimento de 1,8%, sendo a Comissão Europeia das organizações mais pessimistas com uma estimativa de 1,7%, que compara com a meta do Governo de de 2,2%. Já a Moody’s prevê uma subida do PIB em 1,7% este ano,.
Para o próximo ano, a Fitch espera um crescimento de 1,5% e mantém uma perspectiva de crescimento moderado ao longo da próxima década, com uma projeção para o PIB de 0,9% após 2020.
“O consumo privado irá continuar a ser o maior contribuinte para o crescimento no futuro previsível, embora a sua quota do PIB irá diminuir modestamente para cerca de 63% até 2027, de quase 66% em 2016”, refere.
A agência explica que as famílias continuam sobreendividadas, após os anos de boom do crédito do país nos anos 2000, mesmo após a crise económico, salientando que o processo de desalavancagem ainda tem que ser executado, que limitará o ritmo de expansão do consumo privado.
Por outro lado, o investimento fixo continuará a ser uma pequena componente do PIB na despesa, aumentando para cerca de 17,5% do 2027 de 17,1% em 2016.
Sublinha ainda que embora o turismo deverá continuar a impulsionar as exportações, contribuindo para as exportações expandirem acima de 50% do PIB em 2027 face aos 43% em 2018, as importações também deverão crescer para cerca de 47% neste período, de 42% em 2018.
“Isso significa que as exportações líquidas, enquanto contribuem positivamente para o crescimento, irão continuar a ser uma parcela insignificante do PIB entre 4-5%. Isso reflete a nossa expectativa de que as capacidades produtivas do país ainda subdesenvolvidas exigirão um crescimento sólido das importações durante esse período”, acrescenta.
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