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“Apoios concedidos à TAP até 2024 terão retornos duas a três vezes superiores até 2030”, diz chairman

“A opção de deixar cair a TAP teria um custo muito elevado para a nossa economia”, comentou esta terça-feira o presidente do conselho de administração da companhia aérea, Miguel Frasquilho, na audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação,
  • Cristina Bernardo
23 Fevereiro 2021, 16h37

“De acordo com número credíveis, a ajuda e os apoios que os portugueses vão fazer até 2024 terá impacto positivo na economia, com um retorno que será duas a três vezes superior até 2030, em termos de atividade económica, da Valor Acrescentado Bruto, e das exportações”, referiu o chairman da TAP, Miguel Frasquilho, considerando que “parece evidente que a opção de deixar cair a TAP teria um custo muito elevado para a nossa economia”. Miguel Frasquilho participou esta tarde na audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, agendada para 23 de fevereiro por proposta do PSD e do IL – Iniciativa Liberal, autores dos requerimentos.

Segundo Miguel Frasquilho, “a TAP necessita até 2024 de um plano de reestruturação, que não foi uma opção: foi uma necessidade”. “Temos trabalhado afincadamente e desde a altura em que a crise pandémica surgiu, em março, o Conselho de Administração da TAP reuniu numa base semanal para resolver problemas com que íamos sendo confrontados”, comentou.

Sobre as questões endereçadas ao acionista Estado, e concretamente sobre a conversão dos apoios estatais em capital, Miguel Frasquilho referiu que os deputados “sabem mais do que eu, porque isso [a conversão de apoios em capital] é um tema que não foi definido”. Por outro lado, o chairman da TAP admitiu que “outras experiências mostram que a queda de uma companhia aérea produz efeitos muito grandes”, durante num horizonte temporal longo.

Durante a audição a Miguel Frasquilho, o deputado Carlos Silva, do PSD, voltou a abordar o atraso na entrega do Plano de Reestruturação da TAP, esclarecendo que apesar deste documento ter sido colocado no está num site de acesso público, o deputado social democrata apelou a que o “Governo responda aos grupos parlamentares, porque é muito diferente de responder diretamente a questões que lhe são colocadas, o que novamente mostra, numa audição parlamentar tão importante como esta, o desnorte, a desorientação e a falta de respeito pelos grupos parlamentares”.

“O Governo esconde do parlamento, gerindo este processo da Reestruturação da TAP com total opacidade – o mesmo Governo que ignorou o diálogo dentro da TAP”, insistiu Carlos Silva, referindo que as expressões utilizadas no debate sobre a TAP – como por exemplo, “agora a música é outra” – não fazem esquecer que os apoios prestados à TAP, de 1,2 mil milhões de euros, mais 3,7 mil milhões de euros, para restruturar a TAP, num total de 5.000 milhões de euros, são superiores às ajudas à Covid-19 destinadas às famílias e às empresas portuguesas”, referiu o deputado, perguntando ainda “que garantias há que Bruxelas aprove este plano?”

Miguel Frasquilho em resposta ao deputado do PSD, Carlos Silva, referiu que, “pelas audições efetuadas em 2020, não é preciso emitir opiniões, pois os números da TAP falam por si, o que impediu e não tornou possível aceder ao quadro dos apoios Covid-19 e essa evidência aconteceu em junho do ano passado”.

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