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Apollo quer vender a Altamira em Espanha depois de refinanciar a empresa

Apollo quer vender a Altamira em Espanha que comprou há quatro anos ao Banco Santander. Depois de quatro anos na atividade de ‘Servicer’, sem ganhar nenhuma das grandes carteiras imobiliárias que venderam os bancos espanhóis a Apollo está disposta a aproveitar o apetite que existe por este tipo de veículos para obter ganhos de capital.
12 Julho 2018, 20h37

A Apollo Capital Partners está disposta a ser um dos principais jogadores na esperada consolidação dos ‘servicers’  – empresas que administram e monitorizam portfólios de crédito e imobiliário –, e começou a ouvir todos os tipos de propostas para a compra da sua Altamira, empresa gestora de activos imobiliários adquiridos ao Banco Santander, há quatro anos.

Recorde-se que a Altamira, através da Proteus, comprou em 2017 à Oitante o negócio de Gestão de Créditos e Activos Imobiliários.

O Apollo, que em Portugal tem a seguradora Tranquilidade, comprou 85% da Altamira ao Santander (ficando este com 15%) e depois de modificar o contrato de gestão que tinha com o banco, garantir um dividendo de 200 milhões e refinanciar a dívida de Altamira, o fundo norte-americano colocou sua subsidiária à venda, cuja avaliação pode variar entre 1.200 e 1.500 milhões de euros, avança o El Confidencial.

A operação de venda não tem ainda um mandato oficial, mas a Apollo já abriu as portas para ouvir propostas de partes interessadas, segundo várias fontes familiarizadas com a transação, citadas pelo site espanhol. Entre eles está o italiano Dobank, uma empresa italiana cotada  que se aproximou do fundo norte-americano com interesse em adquirir Altamira. O El Confidencial atribui baixa probabilidade a esse negócio.

A fusão com outra ‘servicer’; a venda a um dos muitos fundos que adquiriram carteiras de crédito imobiliário em Espanha e que carecem deste tipo de empresas de ‘servicer’; ou fundos de capital de risco interessadas netse tipo de negócios, são algumas das alternativas que se apresentam à Apollo.

Atualmente, espera-se um importante processo de consolidação deste tipo de empresas (‘Servicer’), o que explica o interesse dos grandes fundos de as ter sob o seu controle. Um exemplo do apetite por este tipo de empresas é o facto de o Banco Sabadell, ter recebido diversas manifestações de interesse para a sua Solvia, dentro do processo de venda dos seus ativos tóxico, que deve fechar este mês.

Depois de quatro anos na atividade de ‘Servicer’,  sem ganhar nenhuma das grandes carteiras imobiliárias que venderam os bancos (Santander vendeu à Blackstone, BBVA à Cerberus, CaixaBank ao  Lone Star e o processo de Sabadell, em que na reta final não participa), a Apollo está disposta a aproveitar o apetite que existe por este tipo de veículos para obter ganhos de capital.

 

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