O setor industrial português conta a partir de agora com a APOVE – Associação Portuguesa para a Valorização de Embalagens –, um novo Sistema de Responsabilidade Alargada do Produtor (SCRAP) que nasce com o objetivo de facilitar às empresas a gestão eficiente e sustentável dos seus resíduos de embalagens, em conformidade com a nova legislação portuguesa e europeia que entra em vigor em janeiro de 2025.
A APOVE é um SCRAP de embalagens que chega a Portugal pelas mãos da empresa espanhola Heura, com a missão de oferecer soluções eficientes para a recolha, reciclagem e valorização de resíduos industriais e profissionais, em conformidade com os padrões exigidos pela União Europeia e pela legislação portuguesa
A APOVE é assim promovida pela empresa espanhola Heura, com experiência na gestão de resíduos industriais e comerciais, e já conta com o interesse de multinacionais instaladas em Portugal.
A Associação Portuguesa para a Valorização de Embalagens (APOVE) tem o objetivo de se tornar “um ator-chave no novo cenário regulatório português – que exige que todas as embalagens sejam geridas por um Sistema de Responsabilidade Alargada do Produtor (SCRAP) – e também no âmbito da União Europeia, que impõe a recolha, reciclagem ou reutilização de resíduos de embalagens, incluindo os profissionais, até agora geridos diretamente pelas empresas”.
“O nosso objetivo é oferecer às empresas portuguesas e internacionais que operam no país uma solução integrada que facilite a sua adaptação a estas exigências de forma eficiente e sustentável”, afirma José Guaita, presidente da Heura.
A legislação portuguesa obriga também os fabricantes estrangeiros que comercializam produtos embalados em Portugal a aderir a um SCRAP nacional e a designar um representante autorizado caso não possuam identificação fiscal portuguesa.
Neste contexto, a APOVE posiciona-se como “a solução para as empresas industriais que desejam delegar a gestão dos resíduos de embalagens”, uma vez que será responsável “por todos os aspetos operacionais e financeiros em conformidade com a legislação vigente”, afirma Guaita.
Em Espanha, a Heura consolidou a sua liderança na gestão ambiental através da sua participação na AEVAE, “um SCRAP de embalagens agropecuárias, e na ENVALORA, centrado em setores como o químico e industrial”. Em conjunto, os SCRAP de embalagens geridos ou apoiados pela Heura reuniam, no final de 2024, mais de 2.300 empresas em território espanhol, revela a empresa.
A APOVE já começou a despertar o interesse de várias multinacionais do setor agroindustrial com presença em Portugal. Entre as primeiras empresas em processo de adesão estão: Atlántica Agrícola (fertilizantes e biopesticidas), YARA (fertilizantes), WACKER Chemie (químicos especiais), SQM (fertilizantes e lítio), LIDA (agroquímicos), LABIN (nutrição vegetal), JISA (fertilizantes), Herogra (fertilizantes), Haifa Group (fertilizantes), Daymsa (bioestimulantes), URSA (materiais isolantes para construção) e Life Biofertilizers (biofertilizantes).
“A implementação da APOVE em Portugal representa um avanço significativo na otimização da gestão de resíduos industriais e agrícolas, assegurando o cumprimento da nova regulamentação europeia”, sublinha o presidente da Heura.
O mercado português de embalagens é expressivo, pois são recicladas mais de 500 mil toneladas de resíduos de todas as frações, com taxas de reciclagem em crescimento. Embora a SPV e a Novo Verde gerem a maior parte do volume doméstico, a inclusão das embalagens profissionais em 2025 acrescentará milhares de toneladas ao sistema.
Neste sentido, “a APOVE pretende canalizar uma parte substancial das toneladas de embalagens industriais e comerciais que entrarão no sistema português, complementando o trabalho da SPV e da Novo Verde no cumprimento dos objetivos ambientais”, garante Guaita.
“Com sede em Valência, a Heura expande o seu modelo de gestão responsável e sustentável para impulsionar a transição para uma economia mais verde e eficiente na Península Ibérica. A expansão para Portugal com a APOVE reforça o seu compromisso com a economia circular e com o cumprimento dos padrões ambientais europeus”, lê-se no comunicado.
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