[weglot_switcher]

Apple e Meta brilham mais entre as primeiras das Sete Magníficas a apresentar resultados

As empresas de Cupertino e Menlo Park foram a quarta e sexta “magníficas” de Wall Street a divulgar as contas trimestrais e superatam as previsões dos analistas em receitas e lucros. A última deste grupo será a Nvidia, no próximo dia 28 de agosto.
2 Agosto 2024, 14h03

A quarta e sexta magníficas a apresentarem os resultados do segundo trimestre foram a mais magníficas entre as Sete Magníficas. Até esta quinta-feira, Tesla, Alphabet (Google), Microsoft, Meta Platforms, Amazon e Apple divulgaram contas, mas foi a fabricante do iPhone e a dona das redes sociais Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads que se destacaram nos crescimentos de lucros e receitas.

A tecnológica de Menlo Park surpreendeu o mercado nas duas vertentes, com subidas de 73% (trimestre) e 91% (semestre) e apresentou até uma guidance melhor do que o esperado. O resultado líquido do primeiro semestre do ano aumentou exponencialmente (+91%) para os 25,8 mil milhões de dólares (26,3 mil milhões de euros), dos anteriores 13,5 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros), registados de janeiro a junho de 2023.

A Big Tech de Cupertino foi ainda mais além e teve um trimestre recorde de vendas, ainda que a subida tenha sido de apenas 5% para 85,8 mil milhões de dólares. “Durante o trimestre, o nosso desempenho empresarial recorde gerou um crescimento de 11% no EPS e quase 29 mil milhões de dólares em fluxo de caixa operacional, permitindo-nos devolver mais de 32 mil milhões de dólares aos acionistas”, destacou Luca Maestri, Chief Financial Officer da Apple.

Nem a joia da coroa da Apple, os smartphones, dececionaram, uma vez que valeram à marca da maçã 39,30 mil milhões de dólares, acima da estimativa de 38,81 mil milhões para o terceiro trimestre do ano fiscal de 2024, que terminou a 30 de junho. De facto, sobressaiu ontem.

“A Amazon anunciou projeções de lucros dececionantes e a Intel anunciou um conjunto horrível de resultados que motivou uma queda de 20% nas ações. A Apple conseguiu «salvar o dia» com o regresso das receitas ao crescimento devido a vendas mais animadoras do iPhone, apesar de os números na China terem saído abaixo do esperado”, lê-se na research da BA&N, publicada esta sexta-feira.

Os analistas do Bankinter acham que os resultados da Apple foram, em linhas gerais, “bons”. “E o mercado recebeu-os com ligeiras subidas no mercado fora de hora (+0,6%). Consideramos positivo que a empresa tenha cumprido as expetativas no iPhone e que vá progressivamente crescendo no seu modelo de negócio de receitas mistas, onde os serviços vão ganhando peso face aos produtos. A médio prazo, continuamos a ter uma opinião positiva na empresa”, escreveram esta manhã.

O analista Antonio Ernesto Di Giacomo, da plataforma de trading Xs.com, fez referência que, no segundo trimestre, a Meta  também teve um acréscimo “significativo das suas despesas de capital, atingindo 8,47 mil milhões de dólares, um aumento notável face aos 6,72 mil milhões de dólares do primeiro trimestre”. “Esta subida reflete o investimento contínuo da empresa em infraestruturas e no desenvolvimento tecnológico, elementos cruciais para a manutenção da sua posição competitiva no mercado global”, explicou.

Porém, apesar desta subida nas despesas, apresentou previsões encorajadoras para o terceiro trimestre, estimando receitas entre 38,5-41 mil milhões de dólares (35,7-38 mil milhões de euros). “Este valor supera as expectativas de Wall Street, que foram fixadas em 39,09 mil milhões de dólares, indicando que a empresa espera manter um crescimento sólido no curto prazo”, referiu o trader.

Entre as Sete Magníficas, a Tesla foi a única das seis com uma descida homóloga nos lucros, mas a Amazon também não surpreendeu pela positiva, uma vez que publicou uma guidance para vendas e lucros no terceiro trimestre abaixo do esperado. A Nvidia só vai apresentar contas no próximo dia 28 de agosto.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.