A Apple reportou esta quinta-feira um lucro de 14,74 mil milhões de dólares (cerca de 13,54 mil milhões de euros) no quarto trimestre do ano fiscal 2024, que terminou a 28 de setembro. O resultado líquido caiu 36% em termos homólogos devido ao pagamento de impostos que devia à União Europeia (UE), no valor de 10 mil milhões de dólares (nove mil milhões de euros).
Em causa está a decisão do Tribunal de Justiça da UE na qual se concluiu que a Apple recebeu ajudas de Estado ilegais, por parte da Irlanda, e que o país tem de recuperar cerca de 13 mil milhões de euros.
A tecnológica norte-americana, que detém as marcas iPhone, iPad e Mac, registou receitas trimestrais recorde, de 94,9 mil milhões de dólares (na ordem dos 87,2 mil milhões de euros), de acordo com o relatório e contas publicado após o fecho de Wall Street. O aumento foi de 6% em relação aos mesmos três meses de 2023.
A empresa liderada por Tim Cook, que superou as previsões dos analistas em relação às vendas e lucros por ação (1,64 dólares), também bateu as expectativas do mercado no que diz respeito às receitas com o iPhone. O telemóvel da Apple rendeu à empresa 46,22 mil milhões de dólares (42,47 mil milhões de euros), mais 5,5% do que no quarto trimestre do ano passado.
Na mensagem publicada no relatório financeiro, o CEO da Apple destacou o crescimento nas receitas, bem como os produtos lançados (a nova gama de iPhone 16, Apple Watch Series 10, AirPods 4). “E esta semana, lançámos o nosso primeiro conjunto de funcionalidades para o Apple Intelligence, que estabelece um novo padrão de privacidade em IA e potencia a nossa linha rumo à época festiva”, afirmou Tim Cook.
As ações da Apple encerraram a sessão de hoje com uma desvalorização e 1,92% para 225,68 dólares, na bolsa de Nova Iorque. No after-hours, os títulos também recuam na ordem dos 2%.
Apple condenada a pagar 13 mil milhões: “É um marco da fiscalidade na UE”, diz advogado
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