O evento de terça-feira na nova sede da Apple, Cupertino, deverá revelar o tão esperado iPhone do 10º aniversário, que oferece atualizações significativas no softwarede, câmara e design geral do smartphone a um preço nunca visto: 1000 dólares (cerca de 830 euros), anuncia o Fiancial Times.
Os analistas acreditam que o lançamento ajudará a Apple a superar os problema de crescimento com que se tem deparado nos últimos dois anos. Em mercados como a América e a Europa, onde o consumo de smartphones está próximo da saturação, com muitos clientes a manterem os seus telemóveis por mais tempo, a melhor maneira de gerar receitas mais rápido é cobrar mais por cada dispositivo, em vez de depender do número de vendas apenas.
Para a empresa preservar as suas margens de lucro enquanto líderes da indústria, os analistas afirmam que os preços apontam para uma edição especial de pelo menos mil dólares, mais até para os telemóveis com maior capacidade de armazenamento.
“Nunca tivemos nenhum telefone que custa tanto”, disse Ben Bajarin, analista da Creative Strategies. “A Apple sabe que seus clientes não vão a lado nenhum – o que eles [empresa] estão a fazer é dar mais opções”.
Uma sondagem da Creative Strategies e SurveyMonkey adianta que 21% dos consumidores planeia comparar o novo iPhone ‘custe o que custar’. 33% dos utilizadores tem intenção de compra, mas dependente do valor.
Os analistas da Citi Research esperam que a “lista de materiais” e os custos de montagem do modelo de edição especial sejam 100 dólares (cerca de 83 euros) acima dos do iPhone 7. Para manter sua margem bruta de cerca de 46%, Wayne Lam do grupo de pesquisa IHS, prevê que a Apple será forçada a tarifar o dispositivo em perto de mil dólares. Uma das novidades do novo lançamento é o desbloqueio do telemóvel com reconhecimento facil, em vez da impressão digital.
“Não é segredo que a Apple tenha as maiores margens de lucro na história”, disse Lam. “Este ano irá testar a elasticidade-preço dos consumidores regulares”.
Alguns clientes estão preparados para pagar mais pelos seus smartphones porque o dispositivo tornou-se essencial para o quotidiano, explicam os analistas ao FT. Ainda assim, é um valor mais elevado do que a maioria das pessoas dispende num computador, por exemplo. “Dado que os telefones não duram mais de dois anos, é um grande investimento”, disse Lam. “Há um cálculo económico que precisa de se ter em conta com os custos cada vez mais elevados de dispositivos”.
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