A mudança de frequências da Televisão Digital Terrestre (TDT), para mais tarde acomodar a tecnologia 5G, começa com um teste-piloto no emissor de Odivelas Centro, a 27 de novembro, realizado pela MEO. A emissão de TDT passará a ser feita no canal 35 em vez do atual canal 56.
A intervenção vai afetar as zonas circundantes que tiverem as antenas orientadas para o emissor, ou seja, algumas habitações destas freguesias: Odivelas, Olival de Basto, Póvoa de Santo Adrião, Ramada, Caneças, Famões, Pontinha, no concelho de Odivelas; várias residências nas freguesias de Lumiar, Carnide e Santa Clara, em Lisboa; e a Encosta do Sol, na Amadora.
Os outros dois emissores do concelho de Odivelas (Póvoa de Santo Adrião e Serra da Amoreira) mudarão de frequência quando as intervenções forem feitas na “região 3”, o que vai acontecer, provavelmente, entre março e maio de 2020.
Não será necessário comprar equipamentos de receção, e na maioria dos casos, a orientação da antena também se mantêm. Bastará uma sintonização da nova frequência.
Sintonizar a TDT em 4 passos
No dia 27 de novembro, se estiver numa das zonas referidas e verificar uma interrupção na emissão, aguarde até um máximo de 5 minutos. Numa fase inicial dos trabalhos, o emissor de Odivelas Centro é desligado e ligado de seguida e será um emissor portátil que vai continuar a garantir a emissão (no canal 56). Com este procedimento, a imagem deverá voltar em poucos minutos.
Passaram alguns minutos e continua sem imagem? Os trabalhos de alteração de frequências devem estar terminados e precisa mesmo de alterar de imediato a frequência de receção.
Para mais informações consulte a página da Deco Proteste.
1. Sintonizar no televisor ou na caixa descodificadora
Passadas algumas horas após a interrupção inicial, o ecrã vai mesmo ficar negro, sem sinal, e agora de forma definitiva. Foi feita a alteração do canal de receção para o canal 35 e terá de fazer uma nova sintonia automática (ou mesmo manual) dos canais DVB-T.
Esta sintonia será feita diretamente no televisor, caso este integre um sintonizador TDT, ou no menu da caixa descodificadora, no caso de ter um televisor mais antigo, que não conta com um sintonizador digital DVB-T MPEG4.
Quase todos os televisores lançados no mercado em 2010 já tinham sintonizadores digitais compatíveis. Se tiver um televisor anterior a esta data, como é o caso de todos os CRT, terá de recorrer a uma caixa descodificadora externa.
Caso utilize um destes aparelhos, use os menus da descodificadora para fazer a sintonia dos canais. Caso contrário, sintonize diretamente no televisor.
2. Procurar o menu de sintonia de canais
Procure pelo menu de sintonia de canais. Pode optar pela sintonia automática ou pela manual. Na sintonia automática, o processo demora um pouco mais (poucos minutos) e o sintonizador “varre” a totalidade das frequências à procura de canais disponíveis. Deverá encontrar os 7 canais (RTP1, RTP 2, RTP 3, RTP Memória, SIC, TVI e o Canal Parlamento) já arrumados no canal 35.
Caso a sintonia automática de canais não tenha resolvido o problema, tente fazer a sintonia manual, digitando o número do canal que quer usar. Neste caso, vai introduzir o canal 35.
3. Sem sinal? Verifique a cobertura
Após a sintonização, automática ou manual, vai estar disponível um indicador do nível de qualidade (e, normalmente, também de intensidade) da receção para o canal que está a escolher.
O aspeto dos menus, assim como algumas das designações usadas, mudam conforme o fabricante da caixa descodificadora ou do televisor. Quando o indicador de qualidade devolve um nível reduzido ou nem sequer conseguiu detetar e guardar os canais, é possível que esteja numa zona sem cobertura digital terrestre (zona “sombra”).
Verifique a cobertura no site da TDT ou telefonicamente para a linha criada para ajudar neste processo de migração de frequências (800 102 002, das 9h às 22h).
4. Aceda à TDT por satélite
São muito poucas as zonas “sombra” na região de Odivelas e arredores. Mas, caso esteja numa destas zonas, pode sentir dificuldades no acesso à TDT, que terá de ser feito por satélite.
Existe um subsídio específico para os utilizadores que se encontram em zonas sem cobertura TDT. Terá de adquirir um Kit DTH para continuar a receber televisão, disponível num posto de venda designado pela MEO (Altice). O Kit DTH inclui um equipamento descodificador DTH, um telecomando, cabos de ligação e um smartcard. O custo é de € 30 (valor unitário para o primeiro e segundo kits), após a comparticipação.
Pode adquirir o equipamento pelo valor total (€ 77), sendo-lhe depois devolvido o valor da comparticipação (47 euros). Para tal, é necessário enviar o formulário e os documentos comprovativos exigidos pela MEO.
Outra opção é encomendar o Kit DTH e, após confirmação da MEO, no prazo de 5 dias úteis (para 95 % dos pedidos) do cumprimento de todos os requisitos necessários para a comparticipação, poderá levantar o equipamento na loja, pagando apenas € 30 por kit (até um máximo de dois por casa).
Está previsto que este regime de comparticipação para os kits DTH se mantenha até 9 de dezembro de 2023. Os kits DTH adicionais (a partir do terceiro, por morada ou caso tenha televisão paga) custam € 96 e não estão abrangidos por qualquer comparticipação.
Grande parte do montante que ficou cativo para a subsidiação dos equipamentos DTH (anterior à altura do switch-off da televisão analógica em 2012) ainda se encontra disponível. Significa que a informação de que nem todas as zonas podem fazer o acesso por via terrestre não passou de forma efetiva aos consumidores. Muitos tentaram e insistiram em receber o sinal com uma antena no telhado, quando tal não era aconselhável.
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