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Aquisição de imóveis por não-residentes chegaram aos 13,3% do valor total transacionado

O Algarve ultrapassou Lisboa como a região que mais atraiu o investimento imobiliário por não-residentes, na maioria deles franceses e britânicos.
22 Setembro 2020, 11h44

As aquisições de imóveis por não-residentes representaram, em 2019, 13,3% do valor total transacionado, isto em 8,5% das transações, como revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes valores representam ligeiras subidas em relação aos verificados em 2018, quando os não-residentes foram responsáveis por 13,0% do valor total transacionado em 8,2% das transações.

Ainda assim, o número de imóveis adquiridos por não-residentes diminuiu em 2019, com menos 2% de transações, tendo o valor transacionado crescido apenas 1%.

Em termos do valor médio dos prédios adquiridos, 176.429 euros, este continua a ser consideravelmente superior à média total, ficando 57% acima do valor médio de uma transação imobiliária em Portugal. Considerando apenas os imóveis adquiridos por 500.000 euros ou mais, o preço médio nesta subcategoria foi de 923.016 euros, um aumento de 3,2% em relação a 2018.

Os maiores compradores de imóveis em Portugal são os franceses, que concluíram 18,1% das transações com não-residentes. Seguem-se os britânicos, com 17,3%, e os brasileiros, com 7,7%. É de destacar que estes países, juntamente com a Alemanha e China, representam 54,8% do valor global das vendas de imóveis a não-residentes.

Outro dos dados salientados pela publicação é o valor médio dos imóveis adquiridos por chineses, 373.071 euros, que chega a mais do dobro da média das compras por não-nacionais.

O Algarve tomou a posição cimeira como a região com a maior parcela do valor movimentado por não-residentes na aquisição de imobiliário, dado o crescimento de 6,1% face a 2018, juntamente com a desaceleração das compras na área metropolitana de Lisboa, onde se registou um valor 8,5% mais baixo do que em 2018. Assim, o Algarve representou 37,7% do valor total das aquisições de imóveis por não-residentes, ao passo que Lisboa registou 35,8%.

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