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Argentina aprova “imposto dos milionários” para pagar fatura do novo coronavírus

As medidas de bloqueio implementadas pelo país pioraram a situação do país que entrou em recessão em 2018.
5 Dezembro 2020, 19h52

A Argentina autorizou um novo imposto que permite que as pessoas com grandes fortunas paguem por equipamentos médicos e por apoio médico durante a pandemia do novo coronavírus, revela a “BBC” este sábado. A taxa única foi aprovada por 42 votos a favor e 26 contra, na passada sexta-feira, e foi apelidada de “imposto do milionário”.

Quem tenha uma fortuna superior a 200 milhões de pesos (dois milhões de euros) tem de pagar este imposto. De acordo com os dados argentinos, cerca de 12 mil pessoas contam com fortunas superiores a este valor.

À data de hoje, a Argentina regista perto de 1,5 milhões de infeções e 40 mil mortes devido ao vírus. Este foi o quinto país a atingir o marco de um milhão de casos em todo o mundo, no passado mês de outro. Ao contar com uma população de 45 milhões de habitantes em todo o território, a Argentina tornou-se a nação mais pequena a atingir a marca de um milhão de infetados.

As restrições aplicadas pelo governo, sendo que a Argentina ficou conhecida pela quarentena mais longa do mundo, prejudicaram a fraca economia que já se encontrava a lutar contra um elevado desemprego, elevados níveis e pobreza e uma enorme dívida pública. As medidas de bloqueio implementadas pelo país pioraram a situação do país que entrou em recessão em 2018.

Um dos autores desta lei sustentou que a medida só iria afetar 0,8% dos contribuintes argentinos. Os visados por este “imposto dos milionários” vão pagar uma taxa progressiva de até 3,5% sobre a riqueza da Argentina.

Já se sabe que 20% do dinheiro recolhido irá para equipamentos médicos, 20% para apoios de pequenas e médias empresas, 20% para bolsas de estudo para estudantes, 15% para desenvolvimento social e 25% para empreendimentos de gás natural.

O presidente Alberto Fernandez espera arrecadar 300 mil milhões de pesos (três mil milhões de euros). No entanto, o grupo da oposição do governo teme que este imposto afaste investidores estrangeiros do país, além de que possa não ser um imposto único como foi apresentado pelo governo.

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