Armindo Monteiro arranca liderança na CIP com pacto conjunto com sindicatos para crescimento

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal irá apresentar dentro de um mês um conjunto de propostas para um pacto de crescimento nacional, um documento que irá elaborar em conjunto com os sindicatos antes de apresentar ao Governo. Este será um dos primeiros passos do novo presidente do organismo, Armindo Monteiro, que afirmou na sua tomada de posse querer ver o país mais orientado para o mérito, afastando-se do crónico lugar na cauda da Europa.

O novo presidente da CIP aproveitou a tomada de posse na conferência Cumprir Portugal, realizada esta quarta-feira, para projetar ganhos de competitividade na economia nacional, uma das mais pobres no contexto europeu.

Para tal, Armindo Monteiro comprometeu-se a apresentar dentro de 30 dias um “pacto para o crescimento, com metas, objetivos e desígnios bem definidos e com prazos estabelecidos” que, pela primeira vez, “vai ser discutido apenas entre a Confederação e os sindicatos”.

“As primeiras reuniões de trabalho que vou solicitar, ainda esta semana, serão precisamente com estes parceiros sociais que representam os trabalhadores”, acrescentou, referindo-se à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e à União Geral de Trabalhadores (UGT), num “sinal claro de que queremos mais intervenção da sociedade civil”.

Também na concertação social o novo ‘patrão dos patrões’ quer ver alterações, como a explicitação dos benefícios pretendidos por cada proposta apresentada nesta sede, de forma a ser “percebido o custo de oportunidade e os ganhos objetivos” das mesmas.

O novo presidente da CIP coloca o foco na “riqueza, produtividade e eficácia do Estado”, de forma a “contribuir para um país mais próspero, com mais crescimento económico e com menos desigualdades”.

Para tal, urge “uma agenda de mudança e de transformação orientada para o crescimento sustentado da produtividade”, bem como “uma cultura de compromisso, de construção de soluções, de respeito por quem cria riqueza, acrescenta valor, gera oportunidades de emprego e concretiza os pilares do desenvolvimento local, da economia nacional e das exportações”, defendeu.

Armindo Monteiro aproveitou ainda para agradecer o trabalho dos seus sucessores, elogiando o seu papel na defesa da economia nacional e a sua missão na promoção da CIP.