A secretária geral da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Ana Vieira, antecipou que o país arrisca-se a ter “problemas relativamente graves” na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como do Portugal 2030.
As declarações foram feitas no Fórum Portugal 2030, uma conferência do Jornal Económico (JE) em conjunto com o Novobanco, no primeiro painel do evento: “Desafios e oportunidades para as empresas”, moderado pelo diretor do JE, Filipe Alves.
Quando questionada pelo moderador sobre a “aplicação dos fundos”, Ana Vieira destacou que “relativamente ao PRR existe já uma boa noção de que o PRR está a substituir um investimento público”. Segundo a secretária-geral da CCP o “PRR está a servir de alguma forma para alavancar processos de descentralização de competências”.
Ana Vieira admitiu que partilha das preocupações dos restantes participantes do painel e recordou que “há um histórico de incumprimento pelos organismos público”. “Arriscamo-nos a ter problemas de execução relativamente graves”, assegurou a representante da CCP, que defende que o grosso da execução”, do PT 2030, ficará reservado para “os anos finais”.
Ainda assim, Ana Vieira defendeu que ainda vamos a tempo “de ter uma estratégia”, mas para isso “não nos basta falar de industrialização”. “Se vermos os programa comunitários percebemos que indústria tem recebido o grosso do, por exemplo PT 2020”, frisou, considerando também que “não vamos ver grande diferença, vamos prolongar um problema”.
A secretária geral da CCP acredita que é preciso perceber “quais as atividades sejam industriais ou serviços e em que componentes devemos investir para sair deste ciclo vicioso”. “Temos múltiplas necessidades de investimento”, referiu.
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