Num contexto de normalização da política monetária por parte do BCE, esperamos que as Euribor continuem a subir de forma lenta, mas consistente, tal como aconteceu ao longo de 2018. A economia e a inflação não deverão permitir que o BCE suba a taxa de referência, que se encontra ainda nos 0%. Mas as Euribor, que continuam negativas, tenderão a convergir para esses 0%, afastando-se dos -0,4% da taxa de depósito do BCE.

Em rigor, as prestações do crédito à habitação já começaram a subir em 2018, embora muito ligeiramente, porque as Euribor foram-se tornando menos negativas. Em 2019, as prestações deverão continuar a subir a um ritmo não muito diferente, eventualmente um pouco mais acelerado.

As propostas de taxa fixa dos bancos não são interessantes, na sua maioria. Mas esta poderá ser uma altura apropriada para tentar renegociar as condições do crédito à habitação, sobretudo para quem tenha spread iguais ou acima de 1,75%.

2019 poderá ser importante para as Euribor devido a alterações de metodologia de cálculo. A Emmi – entidade que gere estas referências – deverá fazer um comunicado ao mercado no início do ano, dando conta da evolução da implementação da nova metodologia.