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“As ‘green bonds’ conquistaram a confiança dos investidores e estão para ficar”

As emissões de dívida “verde” vão ser cada vez mais frequentes, devido à confiança dos investidores e à sua simplicidade, defende o advogado Tiago Valente de Oliveira, sócio de Corporate M&A da e membro da ESG Task Force da CMS Portugal. Mas há ainda um caminho a fazer no combate ao greenwashing, numa altura em que a “colagem a rótulos verdes” é “tentadora”, defende.
2 Junho 2024, 15h00

Temos assistido a várias emissões de green bonds, a chamada dívida “verde”, por empresas portuguesas. É uma tendência que vai continuar?
A emissão de green bonds é uma tendência que veio para ficar. Prova disso é que, em termos de valor agregado, Portugal registou, em 2022, um valor global de emissão de green bonds que excedeu os quatro mil milhões de euros. Em todo o mundo, só em 2022, mais de 375 mil milhões de euros de green bonds foram emitidos.

E porquê? Porque para se atingirem os objetivos definidos para efeitos de cumprimento do Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas e a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, é necessário um investimento anual de quase 180 mil milhões de euros até 2030, investimento esse que vai exigir fontes de financiamento públicas, mas também privadas, nos quais se integram as green bonds. Apesar de haver outros instrumentos que permitem resultados idênticos, a simplicidade de implementação das green bonds, a sua recorrência no mercado de valores mobiliários e a confiança que têm junto dos investidores, pela regulação já existente, faz com que sejam os instrumentos mais utilizados, e estão para ficar.

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