Facebook, Instagram, LinkedIn, Messenger, X (antigo Twitter) e outras plataformas similares estão profundamente enraizadas nas nossas rotinas. As mesmas moldam a forma como nos comunicamos, trabalhamos e interagimos com o mundo ao nosso redor de tal modo que já não nos lembramos de como era viver sem elas. Contudo, apesar de todos os benefícios que essas redes trazem, elas também apresentam desafios significativos que não podem ser ignorados
As redes sociais têm dado voz aos cidadãos, permitindo que os mesmos expressem as suas opiniões, desafiem o status quo e lutem por mudanças sociais. No entanto, as mesmas, sendo positivamente disruptivas também trouxeram consequências inesperadas.
As plataformas digitais fazem frequentemente promessas que não podem cumprir. Promovem a ideia de que o sucesso pode ser alcançado rapidamente, sem esforço, e que a visibilidade online é sinónimo de realização. Isso tem gerado uma geração que, por vezes, não reconhece os limites naturais da vida e acredita que os direitos são mais importantes que as obrigações. Muitos jovens passaram a querer tudo de imediato, sem o devido comprometimento e trabalho necessários para conquistar objetivos reais.
Esse fenómeno, alimentado pela cultura das redes sociais, criou uma mentalidade de gratificação instantânea e, por vezes, de irresponsabilidade. A pressão para parecer bem-sucedido e feliz nas redes sociais pode levar a uma desconexão com a realidade, onde o trabalho duro, a paciência e a resiliência são fundamentais.
Perante este cenário, a educação surge como um elemento crucial para reequilibrar a balança. As gerações atuais e futuras precisarão ser o contrapeso a essa tendência, promovendo valores como a responsabilidade, a ética, e o entendimento de que direitos e obrigações caminham lado a lado. A educação deve capacitar os jovens a questionar as promessas vazias das redes sociais e a desenvolver uma mentalidade orientada para o esforço e a construção de um futuro sustentável e equilibrado.
Nesse contexto, é fundamental que a educação vá além do currículo tradicional e inclua o desenvolvimento de habilidades críticas e sociais, bem como a promoção de uma literacia digital robusta. Isso ajudará a formar cidadãos capazes de navegar no mundo digital de forma consciente e responsável, reconhecendo a importância do trabalho árduo e da construção coletiva para o progresso real e duradouro.