Foram abertos, desde o início de 2022, quase meia centena de processos-crime por especulação nos preços dos bens alimentares, avançou ao Jornal Económico (JE) fonte oficial da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), referindo à fiscalização que tem sido feita em super e hipermercados e que, segundo disse esta semana o secretário de Estado do Comércio, Nuno Fazendo, vai agora aumentar. Isto numa altura em que os preços do cabaz alimentar continuam a subir em Portugal e a um ritmo superior ao da inflação global, levantando-se questões sobre possíveis aproveitamentos no lado da distribuição das subidas de custos intermédios na produção. Tanto do lado da indústria, como do lado da distribuição, garante-se, contudo, que não tal não tem acontecido e rejeita-se a hipótese de práticas especulativas.
Os dados da Deco Proteste mostram uma variação homóloga do cabaz alimentar nacional de 24,4% no início de março, um valor que compara com os 8,3% de inflação nominal homóloga registada em fevereiro ou com os 20,1% de variação dos produtos alimentares não transformados. Olhando para a produção industrial, a situação não muda significativamente: os preços de fábrica nos bens de consumo não-duradouros subiram 16,7% em relação a um ano atrás, isto numa análise por agrupamento industrial, ao passo que, olhando por secção, a indústria transformadora registou 16,3% de aumento homólogo.
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