O caso do cidadão português que comprou ovos contaminados com pesticida tóxico, na Bélgica, deixou Portugal preocupado. O Governo já havia afirmado tratar-se de um caso isolado e a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) avançou, esta terça-feira, a probabilidade do consumo ter ocorrido fora de Portugal.
“Estamos no terreno a avaliar exatamente a quantidade comprada, que foi pequena e, por isso, tudo indica que fosse para consumo. Os ovos podem ter sido consumidos fora do território nacional”, declarou à Lusa, o inspetor-geral da entidade, Pedro Portugal Gaspar, acrescentando que a compra do produto contaminado foi efetuada a 19 de agosto.
O caso foi identificado como “transacionado para empresa portuguesa” mas “provavelmente, pela quantidade envolvida, será um cidadão ligado a uma empresa”, que não terá adquirido uma quantidade superior a uma dúzia de ovos. Desta forma, o diretor-geral da ASAE afirma que, de acordo com os dados disponibilizados pelas autoridades portuguesas revelam tratar-se de uma “transação doméstica”, com destino no norte do país.
O responsável adiantou, ainda, que “a maneira como nos foi transmitida [a situação] foi pela chamada de notificação de informação, e não por alerta. Como o próprio nome indica, é apenas para informar e mostra que não existe risco nem implica uma ação rápida”.
Face aos riscos para a saúde, o diretor-geral relembra que o pesticida tóxico fipronil é considerado de “risco moderado”, pelo que o seu consumo meramente pontual não é preocupante. Contudo, não deixa de ser proibido o seu uso em produtos alimentares para humanos.
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