A Assembleia Legislativa da Madeira louvou Juan Guaidó, auto-proclamado presidente da Venezuela, pela coragem que tem demonstrado. O voto foi apresentado pelo CDS-PP, que acabou por ser acompanhado pelo PSD, PS, JPP, tendo recebido críticas do BE e PCP.
“Juan Guaidó tem mostrado coragem e tenacidade como poucos para assumir funções por usurpação de outras de Nicolás Maduro. Ele tem mantido sempre a coragem, firmeza, e tenacidade, em defesa de um país em que já resta muito pouco, onde falta de tudo para manter um nível de dignidade humana”, disse Rui Barreto, durante a discussão de um voto pela coragem a Juan Guaidó.
O voto foi louvado pelo JPP que reconheceu a “bravura e determinação” de Juan Guaidó. “A estratégia de Juan Guaidó é apenas uma e tem três etapas. Cessar a usurpação ilegítima de Nicolás Maduro, criar um governo de transição, e criar eleições livres e credíveis”, sublinhou Carlos Costa, deputado do JPP.
“Enquanto essas etapas não se concretizarem continua a crise humanitária na Venezuela, a tragédia social, o colapso económico, e a miséria causada pela instituição de um modelo político falhado”, acrescentou o deputado do JPP.
O PSD acompanhou o voto apresentado pelo CDS-PP apesar de ter tido que este era insuficiente. “Não deve ser só a coragem de Juan Guaidó que deve ser enaltecida mas a de todos aqueles que se têm oposto à situação da Venezuela”, defendeu Sérgio Marques, deputado do PSD.
O PS anunciou que ia votar favoravelmente salientando as dificuldades na saúde e no acesso a bens alimentares que existem na Venezuela bem como ao “desastre da governação” do país.
O voto favorável foi ainda anunciado pelo deputado independente, Gil Canha. “Sei bem o que é lutar contra regimes ditatoriais e acompanho o que os opositores fazem nesses regimes ditatoriais onde as liberdades são retiradas. É preciso coragem política para combater o regime”, afirmou.
O BE e o PCP contudo lançaram críticas ao voto pela coragem a Juan Guaidó.
“Juan Guaidó pede intervenção militar, mais uma guerra a somar às dificuldades que se passam na Venezuela. Os que o apoiam devem explicar aos radicados no país porque apoiam uma guerra que vai trazer mais sofrimento ao povo”, disse Roberto Almada, deputado do BE.
O bloquista considerou que Nicolás Maduro é um déspota e Juan Guaidó um fantoche de Donald Trump. “A saída para a Venezuela é eleições livres e acompanhadas por observadores idóneos e sempre pela via pacífica”, referiu Roberto Almada.
O PCP apesar de se ter demonstrado solidário com o povo da Venezuela, anunciou que vai votar contra, por não concordar com “ingerências externas e sanções que estão a penalizar” não o governo da Venezuela mas o seu povo.
“Não louvamos um indivíduo que quer implementar mais sanções ao povo da Venezuela, e que coloca em cima da mesa uma intervenção militar”, disse Ricardo Lume, deputado do PCP.
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