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Associação Portuguesa de Hospitalização Privada defende “orçamentação plurianual” para a Saúde

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, defendeu hoje que a Saúde deve ter uma “orçamentação plurianual” e que a lei de meios da Saúde deve indicar quais são as fontes de financiamento disponíveis.
23 Março 2019, 17h36

“A verdade é que na área da saúde o sistema não está equilibrado e, portanto, se na Segurança Social se sabe qual é que é a fonte de financiamento e como é que se aplica essa verba, no caso da Saúde isso não existe e é por isso que defendemos a orçamentação plurianual” e um “lei de meios da Saúde que nos permita saber a todo o tempo quais é que são as fontes de financiamento disponíveis”, declarou Óscar Gaspar na intervenção que fez hoje no Porto.

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada e também vice-presidente do Conselho Estratégico Nacional da Saúde disse que não era “razoável” ter fechado 2018 com um défice de 680 milhões de euros com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), como se “aquele valor não tivesse de ser pago e não tivesse de se encontrar financiamento”.

“Não é razoável que o Tribunal de Contas diga que nos últimos três anos a ADSE permitiu financiar o Ministério da Saúde em 330 milhões de euros”, acrescentou, frisando que se tem de encontrar a “verdade dos factos” e soluções, porque, diz, a verdade é que “há muitas contas que são de faz de conta”, exemplificando com os preços administrativos para os hospitais do SNS.

Óscar Gaspar declarou ainda que os políticos tinham de perceber que não é assim tão antipopular defender um maior financiamento da saúde.

Citando o relatório ‘Riscks that Mater’ da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Óscar Gaspar disse que cerca de “50% dos portugueses estavam disponíveis para dar mais 2% do seu rendimento para financiar a Saúde e ter mais cuidados de saúde”.

“Neste momento há cerca de 40% dos portugueses que têm uma segunda cobertura, ou seja, têm um seguro de saúde privado ou têm um subsistema de saúde. No caso concreto da ADSE há cerca de 1,2 milhão de portugueses que estão disponíveis para todos os meses descontar 3,5% do seu vencimento para ter acesso a mais cuidados de saúde”, destacou.

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