Ataque de Barcelona chega a Wall Street

O ataque terrorista do dia de ontem em Barcelona faz-se sentir no mercado norte-americano que negoceia hoje em terreno negativo. Os comentários polémicos do presidente Donald Trump em relação à violência que surgiu em Charlottesville são uma das razões pelas quais os investidores continuam a apostar em ativos refúgio.

O anúncio do funcionário da Casa Branca que revelou que os planos de um conselho sobre infraestrutura foram abandonados, criou alguma instabilidade pois reduziu as esperanças de que existisse uma diminuição na carga de impostos e despesas de infraestrutura, noticia a Reuters. Recorde-se que esta era uma promessa de campanha de Trump, e que foi causa de grande parte dos ganhos deste ano nos mercados mundiais.

Ainda assim, o panorama tem vindo a melhorar nos EUA, com as tensões entre os norte-americanos e norte-coreanos a reduzirem.

“Numa semana que começou com preocupações relativas a uma possível guerra nuclear, os mercados rapidamente passaram para uma resposta de medo em relação à estratégia do Sr. Trump para a economia e para as empresas, que se notou na fraca sessão de ontem e, mais tarde, o terrível ataque em Barcelona”, disse Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank em nota aos clientes, segundo a Reuters.

O índice europeu STOXX 600 abriu com perdas, com os investidores a reagirem ao ataque terrorista em Barcelona e a venderem ações em companhias aéreas como a Ryanair, a EasyJet e a empresa de aeroportos espanhola AENA.

Em Wall Street, o industrial Dow tomba 0,20% para 21.707,37 pontos, o financeiro S&P 500 desvaloriza 0,11% para 2.427,28 pontos e o tecnológico Nasdaq cai 0,04% para 6.219,18 pontos.