O Ateneu Comercial de Lisboa vai permanecer e manter a sua atividade, na sua sede na Rua das Portas de Santo Antão, cujo processo de investimento na sua reabilitação será liderado pela Vogue Homes, sabe o Jornal Económico. Este projeto faz parte de um elenco de 15 que a Vogue Homes tem em desenvolvimento.
Sujeito a um processo de insolvência que determinava a sua extinção, a não ser que existisse a implementação de um plano de recuperação judicial o espaço encontra-se encerrado há mais de 10 anos e o Palácio dos Condes de Povolide apresenta atualmente um elevado estado de degradação.
Joaquim Faustino, presidente do Ateneu Comercial de Lisboa acredita que a solução agora encontrada corresponde às suas melhores expetativas, “pois a alternativa era o clube ficar sem sede, fechar de vez e extinguir-se definitivamente. Com a aceitação da nossa proposta junto do atual parceiro e investidor local será possível manter a sede do Ateneu nas suas históricas instalações, preservar algumas das suas atividades lúdicas e associativas bem como manter todo o seu espólio. Não menos importante, é a salvaguarda dos postos de trabalho. Com esta solução logra-se também manter os postos de trabalhos dos nossos funcionários”.
Esta proposta, cujo o valor de investimento e o parceiro são desconhecidos vai também permitir que o histórico clube de Lisboa continue a ser proprietário de parte do Palácio dos Condes de Povolide. A total reabilitação do Palácio assenta numa tripla componente: cultural, zonas verdes de utilização pública e imobiliária.
Existe também a vontade de criar um espaço onde se possa expor o espólio de diversos clubes de bairro já desaparecidos da cidade de Lisboa, contribuindo assim para a preservação da memória e herança imaterial de todo um desaparecido histórico modo lúdico da cidade.
Quanto às zonas verdes uma parte do jardim do Palácio será de fruição publica e ligará aquela zona de Lisboa ao jardim do Torel.
Ana Costa, arquiteta responsável pelo projeto do Palácio dos Condes de Povolide refere que “este é um projeto que nos é particularmente próximo por estarmos na presença dum edifício e de todo um conjunto tão emblemático na cidade e com o qual cada um de nós, lisboetas, tem uma relação de proximidade: são várias as memórias acumuladas naquele espaço que foi durante tanto tempo vivido por pessoas de todas as faixas etárias e todos os estratos sociais e que hoje é com tristeza que assistimos à degradação galopante dos seus espaço.
Para a arquiteta especialista em projetos de reabilitação esta será também a “oportunidade de poder participar num projeto que voltasse a dar dignidade ao palácio não apenas numa ótica de recuperação dos salões históricos mas sobretudo na recuperação dum modo de viver e da memória do “nosso Ateneu”, foi um desafio especial”.
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