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Atenta a novas oportunidades no exterior, SIBS quer atingir receitas de 200 milhões em 2023

O plano estratégico para os próximos cinco anos passa pela aposta no mercado internacional, que deverá representar 15% das receitas em 2023, face aos atuais 8%, revelou Madalena Cascais Tomé, CEO da dona da rede Multibanco.
  • Cristina Ferreira
17 Setembro 2018, 21h17

Após ter comprado a operadora polaca Paytel em junho, a SIBS continua atenta a oportunidades de aquisição na Europa, revelou a CEO da empresa, Madalena Cascais Tomé, esta segunda-feira. A estratégia faz parte do plano de crescimento da detentora da rede Multibanco, que quer aumentar as receitas em 25% para 200 milhões de euros em cinco anos.

 

“A estratégia passa não só por mantermos o nosso foco e a nossa prioridade no mercado doméstico, e assumimos essa vocação com muito empenho por que há ainda muito a fazer nos pagamentos em Portugal, mas também crescer a um nível internacional. Não só, como temos feito, de forma mais orgânica, mas também inorgânica como fizemos recentemente na Polónia”, afirmou Cascais Tomé, num encontro com jornalistas.

“É algo a que continuamos atentos e que vamos fazer para participar nestes momentos de consolidação que estão a acontecer na Europa”, acrescentou.

A 20 de junho, a SIBS formalizou a compra da PayTel, empresa polaca especializada em serviços de aceitação de cartão por cerca de oito milhões de euros.  Através de um negócio em duas fases que vai ficar concluído em 2020, a SIBS quer acelerar a sua atividade na Polónia. Madalena Cascais Tomé explicou esta segunda-feira que a aquisição da PayTel, que tem uma quota de mercado de 7%, ocorre num ambiente de consolidação no mercado europeu, no qual a empresa quer continuar a participar, nomeadamente no leste do continente.

O objetivo da SIBS é de aumentar o peso das receitas das operações internacionais para 15%, dos atuais cerca de 8%. Esse aumento “não virá somente por via das parcerias ao longo dos últimos anos, numa lógica de redes, mas que vai para além disso”, sublinhou Cascais Tomé.

“Temos um conjunto de competências, não só de software, mas também de know-how de gerir redes de ATMs de forma muitíssimo eficiente e é com base nisso que vamos expandir esta rede além de Portugal”, vincou.

A CEO deu o exemplo de Angola, onde a SIBS está desde 2002 a trabalhar com a interbancária local.  “É interessante ver que temos contribuído de forma muito ativa para aquilo tem sido o desenho do roadmap dos pagamentos em Angola”, disse, adiantando que o país vai acabar o ano com cerca de 500 milhões de transações com cartões, tem tido um crescimento de ATMs em 30% e vai implementar uma solução semelhante à MB Way.

Além de Angola, a SIBS está presente na Nigéria e na Argélia, dois outros países no top cinco em África em termos de sistemas de pagamentos, e também em Malta, Bulgária, Timor, Moçambique, França e Luxemburgo”.

Em Portugal, o crescimento da economia e a introdução de novas plataformas de pagamento como a MB Way e a rede ATM Expresso em aeroportos, hotéis e outras zonas ligadas ao turismo, tem beneficiado o negócio da SIBS, que em Agosto registou um novo recorde de transações processadas: 260 milhões. O objetivo a cinco anos é atingir as 4 mil milhões de transações por ano, face aos 3,1 mil milhões em 2017.

 

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