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Atrasos, supressões e greves motivam insatisfação dos utentes com a CP

Segundo indica a análise efetuada pelo Portal, entre os principais problemas apontados à CP estão os atrasos, supressões de comboios e greves, motivo que gerou 40,1% do total das queixas. O mau atendimento e falta de comunicação representaram 23,3% das ocorrências e os problemas nos pagamentos ou cobranças indevidas geraram (16,8%).
Jose Manuel Ribeiro / Reuters
12 Maio 2025, 22h13

A CP – Comboios de Portugal, que está em greve, continua a ser alvo de queixas. Desde o início do ano, a CP foi alvo de 45% das reclamações registadas no Portal da Queixa na categoria Comboios e Metropolitano. Atrasos, supressões e greves motivam as principais queixas dos utentes contra a transportadora. O mês de maio regista já a maior média diária de reclamações do ano. Os indicadores apontam para um baixo índice de satisfação de 17,3 (em 100).

Numa semana que volta a arrancar com a greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal, os dados do Portal da Queixa mostram que 45% das reclamações registadas, desde o início do ano, na categoria Comboio e Metropolitano são dirigidas à CP.

Entre os dias 1 de janeiro e 12 de maio, os utentes apresentaram vários motivos de insatisfação sobre a prestação da empresa, sendo que, o mês de maio regista já a maior média diária de reclamações do ano.

Segundo indica a análise efetuada pelo Portal, entre os principais problemas apontados à CP estão os atrasos, supressões de comboios e greves, motivo que gerou 40,1% do total das queixas. O mau atendimento e falta de comunicação representaram 23,3% das ocorrências e os problemas nos pagamentos ou cobranças indevidas geraram (16,8%).

Já as avarias técnicas motivaram 15,8% das queixas, onde são relatados problemas sobre o mau funcionamento de equipamento, falha do equipamento ou avaria de comboio.

A página da CP no Portal da Queixa traduz o nível de insatisfação dos consumidores, uma vez que, atualmente, apresenta um Índice de Satisfação pontuado em 17.3 (em 100). A Taxa de Solução é de 13,2% e a Taxa de Retenção de Clientes é de 31,7%. Indicadores estes que espelham a baixa performance da empresa na resposta e resolução aos problemas que lhe são reportados.

Em termos de regiões, é do distrito de Lisboa que chega a grande fatia de reclamações (40,3%) e do distrito do Porto, o volume de queixas apresentadas é de 16,3%, de janeiro até 12 de maio.

“É uma falta de respeito a greve que está a acontecer. Moro em Rio de Mouro e não tenho alternativa para ir para Benfica trabalhar.”, descreve uma utente da CP na reclamação.

Outra passageira queixa-se dos custos adicionais com outros transportes, consequência da greve: “Pago o passe todos os meses para me deslocar para o trabalho. Com esta greve sou obrigada a apanhar outros transportes onde estou a gastar 10€ quando já tenho o passe pago. Isto é uma vergonha.”

Recorde-se que, os trabalhadores da CP cumprem esta segunda-feira o sexto dia consecutivo de greve convocada por vários sindicatos. A circulação de comboios tem estado com graves constrangimentos desde o dia 7 de maio. A operadora passou a cumprir os serviços mínimos desde o fim de semana, sendo que, a paralisação mantém-se até à próxima quarta-feira, 14 de maio.

No âmbito da greve, ao Portal da Queixa chegaram já várias reclamações como consequência dos constrangimentos causados pela paralisação.

 

 

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