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Audi mexe na estrutura diretiva

A Audi, marca do grupo Volkswagen, anunciou a sua maior mexida na estrutura diretiva dos últimos anos, numa altura em que tenta relançar-se após as consequências do Dieselgate.
28 Agosto 2017, 16h22

A Audi anuncia a maior mexida dos últimos tempos na sua estrutura diretiva, em comunicado. A marca alemã vai trocar o Diretor Financeiro, Axel Strotbek, o responsável de Produção, Hubert Waltl, o diretor de Recursos Humanos, Thomas Sigi, e o chefe do Departamento de Vendas, Dietmar Voggenreiter.
O CEO da marca, Rupert Stadler, alvo de críticas dos media e dos sindicatos pela forma como lidou com o Dieselgate, mantém-se no cargo, como, aliás, era esperado.

Alexander Seitz, de 55 anos, será o sucessor de Strotbek, deixando assim o cargo de primeiro vice-presidente da SAIC Volkswagen, a joint venture da marca alemã com o construtor chinês. Bram Schot, de 56 anos, é o sucessor de Voggenreiter nas Vendas e deixa o cargo de responsável pelas Vendas e Marketing da Volkswagen Veículos Comerciais, que ocupa desde 2012.

Para liderar os Recursos Humanos, o eleito é Wendelin Goebel, de 53 anos. Goebel é, atualmente, o líder do departamento que assessora o Conselho de Administração do Grupo VW. À frente da produção e da logística da Audi passará a estar Peter Koessler, de 58 anos, que transita do cargo de diretor da fábrica da marca dos quatro anéis na Hungria.

Apesar de o comunicado não apresentar qualquer razão para esta alteração, a marca tem estado a braços com o recondicionamento de veículos, investigações criminais e críticas de sindicatos e gestores acerca do Dieselgate e da performance da empresa desde que o escândalo rebentou, em 2015.

Em novembro desse ano, a Audi admitiu que os seus motores Diesel de 3,0 litros V6 utilizavam um controlador auxiliar que foi considerado ilegal nos EUA e que permitia que a marca iludisse as inspeções de homologação no que respeita aos limites de emissões daquele país. Até agora, o Grupo VW já despendeu mais de 25 mil milhões de dólares nos EUA para pagar a donos de veículos afetados, reguladores ambientais, Estados e concessionários, bem como se ofereceu para adquirir cerca de 500 mil veículos que havia vendido naquele país.

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