A instituição bancária, que está indiciada por conluio com o Banca Monte dei Paschi di Siena na ocultação de perdas no banco italiano, terá registado de forma fraudulenta, não só esta operação, como dezenas de outras, no seu próprio balanço.
A conclusão resulta da auditoria pedida pelo regulador alemão, que afirma que os executivos do banco promoveram mais 130 negócios com objetivos semelhantes, no valor total de 10,5 mil milhões de euros, para cerca de 30 clientes, avança a Bloomberg.
Em 2013, o banco terá ajustado o registo de 37 desses negócios, além da operação com o Monte dei Paschi, alterando-os de empréstimos que tinham sido mantidos fora do balanço para derivados financeiros.
De acordo com a auditoria, apesar de o banco italiano ter sido o único a utilizar essas transacções para falsear as suas contas, o Deutsche Bank não terá contabilizado correctamente no seu balanço negócios semelhantes com bancos, que vão desde a Itália à Indonésia, realizados entre 2008 e 2010.
Apesar disso, a auditoria adianta que a reclassificação destas transacções por parte do banco alemão não afectou a sua rentabilidade, uma vez que esta alteração não surtiu efeito material.
As ações do Deutsche Bank recuperam há seis sessões consecutivas, ganhando 14,7%, depois de terem batido mínimos históricos na última semana.