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Augusto Santos Silva pede desculpa e assume que “não queria ofender os empresários portugueses”

O ministro dos Negócios Estrangeiros viu-se envolvido numa polémica com a Confederação Empresarial de Portugal, tendo afirmado que um dos principais problemas das empresas portuguesas é a fraquíssima qualidade da sua gestão. “Não quis ofender, se o efeito foi esse só tenho que me penitenciar”, referiu em declarações à rádio “TSF”.
30 Dezembro 2019, 12h45

Augusto Santos Silva pediu desculpa aos empresários portugueses depois de na passada sexta-feira, 27 de dezembro ter referido que a qualidade da gestão em Portugal “é fraquíssima”. “Não queria ofender os empresários portugueses, portanto, se o efeito foi esse só tenho que me penitenciar”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) em declarações à rádio “TSF” esta segunda-feira, 30 de dezembro.

“Falei num contexto muito particular e o que nós dizemos deve ser sempre encarado no contexto em que o fazemos. Podemos e devemos melhorar as condições das empresas portuguesas e a contratação de quadros qualificados é um dos melhores caminhos para o fazer e essa convergência é o mais importante”, referiu Augusto Santos Silva.

Na última sexta-feira o ministro de Estado marcou presença na sessão de encerramento do 8.º Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro (GraPE 2019), que decorreu no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, onde falou para graduados portugueses no estrangeiro, tendo considerado que o problema principal das empresas portuguesas “está na sua descapitalização”, com uma banca nacional “que só gosta de emprestar dinheiro para compra de casa”, acrescentando que a segunda fonte de problemas é a “fraquíssima qualidade” da gestão das empresas.

A resposta surgiu no último domingo por parte da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que em comunicado acusou o ministro dos Negócios Estrangeiros de “denegrir injustamente” a imagem dos empresários portugueses.

“Não podemos […] consentir que aquele que maiores responsabilidades tem na promoção e defesa dos interesses de Portugal seja aquele que mais destrata as empresas e empresários que arrancaram, com o povo português, o Estado da falência em que a fraquíssima administração política de sucessivos governos nos deixaram…. alguns de que o próprio Augusto Santo Silva fez parte”, referiu no documento o presidente da CIP, António Saraiva.

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