“Aumento brutal”: JPP denuncia aumento de 151% na água aos agricultores da Madeira

O Juntos Pelo Povo (JPP) denunciou o “aumento brutal” que está a existir no preço da água de rega na Madeira. O secretário-geral da força partidária, Élvio Sousa, criticou o Governo Regional de Miguel Albuquerque de “dar com uma mão e tirar com a outra” e de estar a “penalizar” os agricultores com uma subida de 151% no custo da água.

“O Governo diz que ajuda os agricultores, mas a verdade é que está a aumentar os custos de produção de forma insustentável”, afirmou Élvio Sousa, que alertou que o novo preçário que foi aprovado pelo executivo madeirense tem aumentos que vão “asfixiar” os produtores da banana, cana-de-açúcar e da uva.

“No ano passado, uma hora de água custava 16,70 euros. Este ano, esse mesmo valor disparou para 42,03 euros. Quem tem duas horas de água passava de 33 euros para 84 euros. Isto é um autêntico assalto aos agricultores”, disse o dirigente partidário.

Élvio Sousa acrescentou que os números que foram apresentados pelo JPP “não foram desmentidos por ninguém (…) Não são tostões como referiu a secretária regional da Agricultura, Rafaela Fernandes”.

O secretário-geral da força partidária criticou também a “colonização” das empresas de águas e resíduos por parte do Governo Regional, denunciando que os agricultores estão a ser “obrigados a pagar pelos boys e amigos” de Miguel Albuquerque e Rafaela Fernandes.

“Não é admissível que os cofres do Governo Regional se enriqueçam à custa do trabalho destes agricultores, que já enfrentam dificuldades diárias”, afirmou Élvio Sousa, que considerou que o Governo Regional “empobrece ainda mais” o sector agrícola.

Élvio Sousa disse ainda que o partido deve reunir-se com os produtores de banana, cana-de-açúcar e uva para definir medidas de apoio e um “valor justo” para a produção agrícola.

“Um Governo de frente cívica do JPP não permitiria este tipo de abuso”, disse o dirigente partidário, que acrescentou que a força partidária vai “continuar a luta contra os aumentos desproporcionais dos custos de produção” para os agricultores madeirenses.