As primeiras projeções sobre as eleições antecipadas que ocorreram este domingo na Áustria confirmam o favoritismo dos conservadores liderados por Sebastian Kurz, do Partido Popular Austríaco, que se prepara para voltar a ganhar as eleições. Em princípio, e tal como estava previsto, o partido de Kurz não conseguirá a maioria absoluta, tendo que passar para o lado das coligações.
Extrema-direita (16%), sociais-democratas (22%), verdes (14%) e liberais (7%) são hipóteses para um governo de coligação, o que vai manter o país numa fase em que ninguém consegue uma posição desafogada para governar.
Kurz, que em 2017 se tornou o mais jovem chanceler da Áustria, manteve o seu partido no topo das sondagens, com entre 33% e 34% – um intervalo que poderá ser ultrapassado – mais de dez pontos percentuais de vantagem sobre o Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ) e sobre o antigo parceiro de coligação, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ, extrema-direita) ambos creditados com 20% a 23%.
Foi a extrema-direita que precipitou o país em novas eleições, depois dos escândalos de corrupção que abalaram as suas estruturas e determinaram o fim da coiligação.
O país é administrado desde junho por um governo interino, depois de o escândalo Ibizagate ter levado à demissão do líder da extrema-direita e vice-chanceler Heinz-Christian Strache, à dissolução da coligação ÖVP-FPÖ e à votação de uma moção de censura a Kurz.
O escândalo foi desencadeado pela divulgação de um vídeo, filmado clandestinamente dois anos antes numa casa em Ibiza, em que Strache prometia contratos públicos em troca de apoio ao partido.
Os Verdes, que em 2017 perderam todos os 24 deputados que tinham no parlamento, recuperam votos e surgem agoira com 14%.
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