Autárquicas: CDS-PP vai liderar coligação com PSD em cinco concelhos

O CDS-PP vai liderar a coligação com o PSD em cinco concelhos nas próximas eleições autárquicas. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, que remeteu para a direção centrista a divulgação dos cabeças de lista a cada concelho.

“Há cinco municípios – Covilhã, Montemor-o-Novo, Mora, São João da Madeira e Castro Verde – que terão coligação presidida pelo CDS, a quem compete divulgar os respetivos candidatos”, avançou José Silvano, em conferência de imprensa, onde foram anunciados mais 53 candidatos às eleições autárquicas, que deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.

Ao Jornal Económico, o coordenador autárquico do CDS-PP, Fernando Barbosa, tinha mencionado que a intenção do partido era a de apresentar o cabeça de lista, pela coligação, em todos os concelhos onde o CDS-PP conseguiu mais votos do que o PSD nas autárquicas de 2017 (ainda que tal não tenha acontecido em Lisboa). Ou seja, o CDS-PP tem, pelo menos, seis concelhos onde quer liderar a coligação com o PSD.

No entanto, desses seis concelhos onde o CDS-PP teve mais votos do que o PSD em 2017 (Covilhã, Montemor-o-Novo, Mêda, Elvas, Mondim de Basto e Nelas), apenas irá liderar a coligação em dois: Covilhã e Montemor-o-Novo.

Na Covilhã, cuja câmara é liderada pelos socialistas, o CDS-PP conseguiu, há quatro anos, 15,1% dos votos e elegeu o ex-secretário de Estado e atual opositor da direção centrista Adolfo Mesquita Nunes como vereador. Os centristas querem, por isso, propor que seja o candidato independente Pedro Farromba, que já pertenceu ao PSD, a liderar a coligação. Já Adolfo Mesquita Nunes foi convidado a liderar a assembleia municipal e terá aceite o convite.

Em Montemor-o-Novo, ao que tudo indica, há acordo nas estruturas locais dos dois partidos para que o CDS-PP indique Luís Pinto Xavier, vogal na assembleia municipal, como cabeça de lista pela coligação.

Já em São João da Madeira, as estruturas locais do PSD e CDS-PP chegaram a acordo para avançar com o nome do deputado centrista (e crítico da direção) João Almeida.