O processo de reconfiguração do modelo económico ainda está em curso e a resposta americana atual, mais não é do que uma tentativa de produzir uma nova hegemonia.
Mais do que centrar a discussão política atual em torno de comportamentos individuais, que poderão ser questionados, o importante é discutir projetos de modernização e capacitação estrutural.
BCE e Fed, enquanto instituições independentes e no âmbito das suas missões específicas, poderão constituir uma plataforma de diálogo e entendimento entre a Europa e os EUA.
A resposta ao que a Europa quer do Mundo depende, sobretudo, da capacidade de se reconstruir, em termos de identidade, de projeto comum, de instituições que funcionem para além da burocracia procrastinadora que a caracteriza atualmente.
A Europa não pode ser simples espectadora dos acontecimentos, limitando-se a invocar princípios que mais não são do que disfarces para a falta de estratégia e inépcia que a tem caracterizado.