O que poderemos esperar do futuro quando poucos são os que ousam contrariar a uniformidade científica e o conformismo ideológico no contexto universitário?
Parece existir espaço na sociedade para reflectir sobre os perigos sociais, psicológicos e materiais decorrentes da obsessão por ganhos fáceis, investimentos desenfreados e milagres financeiros associados aos jogos de sorte e azar.
Um Presidente moderado reeleito à primeira volta, uma esquerda dizimada de forma inédita e um centro-direita desnorteado entre a categórica ascensão do partido Chega e a debilidade dos seus próprios projectos.
A cada transição de ano renovam-se ambiciosas resoluções pessoais focadas na alteração daquilo que não nos satisfaz. Seria bom aplicar também alguma ambição na necessária mudança do nosso sistema educativo que está longe de ser satisfatório.
Vivemos numa sociedade tão confiante no potencial pacificador dos valores e instituições ocidentais que a violência macabra no ambiente doméstico é para nós particularmente abominável. Mas que sementes persistem na origem deste mal?
Não nos deixemos enganar por eloquentes elogios à concórdia no debate político. Os consensos costumam estar assentes na repressão, na auto-censura ou na apatia cívica.