É indispensável contrariar a recessão económica, mas tal não pode ser feito à custa de meter na gaveta o combate contra as alterações climáticas. São dois males maiores.
Deixo o alerta de Miguel Maya, proferido na conferência organizada pela Ordem dos Economistas sobre o crescimento económico. “É imperativo reduzir com intensidade a dívida pública em percentagem do PIB. Estamos muito vulneráveis a eventos externos e dependentes de terceiros”.
As consequências a longo prazo serão uma debilitação do sistema de cadeias de abastecimento globalizadas e de mercados financeiros integrados que tem prevalecido na economia mundial desde o colapso da União Soviética em 1991.
Há Estados-membros que gastam mais em subsídios aos combustíveis fósseis do que às energias renováveis. Se a UE quer reduzir para metade as suas emissões de gases até ao final da década, tem de corrigir esta situação.
Em fevereiro, a Irlanda inicia uma experiência piloto de seis meses com a introdução da semana de quatro dias. Será muito interessante de seguir, até porque conseguiu reunir sindicatos, associações sectoriais e universidades.